Lauro Jardim
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Por João Paulo Saconi

Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secom, enviou hoje uma mensagem aos mais de cem assessores envolvidos na comunicação da Esplanada dos Ministérios, em Brasília: quer um "ajuste definitivo" nos anúncios de medidas com potencial para gerar "repercussão pública" e "incêndios" para o governo. A cobrança é para que as equipes procurem a pasta e a Casa Civil para debater esses temas antes que eles sejam tornados públicos, evitando, nas palavras de Pimenta, "ruído" e "dor de cabeça".

A mensagem não faz referência a nenhum episódio específico, mas ontem a Secom entrou em campo para tentar limpar a barra do Ministério da Fazenda devido à intenção de aumentar a fiscalização contra a sonegação de impostos do setor de e-commerce. A informação partiu da Receita Federal e foi criticada por consumidores de marcas asiáticas como Shopee, Shein e AliExpress.

Diz Pimenta aos auxiliares:

"Em diversas oportunidades o Presidente Lula e eu repetimos que todo anúncio de medidas do governo que gerem repercussão pública devem ser anteriormente debatidas na Secom e na Casa Civil. Isso é elementar. Somos um time. Se cada um fala o que quer isso causa ruído e só traz dor de cabeça. A Secom acaba sendo acionada para apagar incêndios que poderiam ser evitados. Vamos ajustar isso definitivamente".

O episódio lembra o anúncio, em março, do programa de venda de passagens aéreas por R$ 200, criado por Márcio França (Portos e Aeroportos). A iniciativa foi revelada quando ainda era embrionária e, depois da repercussão, foi indiretamente chamada de "genialidade" por Lula, numa cobrança para que as propostas dos ministros fossem submetidas à Casa Civil.

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