O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, que se reúne hoje pela primeira vez, terá entre seus 246 integrantes José Seripieri Filho — o Junior —, empresário que deu a polêmica carona a Lula em jatinho à COP27 no Egito.
Delator da Lava-Jato e único empresário convidado para o casamento de Lula no ano passado, é amigão do presidente há mais de uma década.
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Fundador da Qualicorp e hoje dono da QSaúde, Junior foi o segundo maior doador do petista durante as eleições. Destinou R$ 500 mil à sua campanha.
A propósito, a lista do Conselhão reúne também o presidente da Cosan, Rubens Ometto, principal financiador do último pleito. O empresário investiu R$ 7,4 milhões em candidaturas, sobretudo bolsonaristas. Ele também fez uma doação de R$ 1 milhão ao PT fora desse montante, uma vez que a quantia foi depositada na conta bancária do partido para custear despesas gerais.
O colegiado contempla desde empresários e influenciadores a pesquisadores, sindicalistas e lideranças indígenas e do movimento negro.
Entre os nomes estão ainda Felipe Neto, padre Julio Lancelloti, Leila Pereira, Luiza Trajano, Bela Gil, Davi Kopenawa.
(Atualização, às 10h01 do dia 5 de maio. O advogado de Junior, Manoel Araújo, enviou uma mensagem para dizer que o empresário estava em viagem ao exterior e, por isso, não compareceu ao primeiro encontro do Conselhão. Disse também que o empresário não doou R$ 500 mil a a Lula, mas , sim, R$ 2,5 milhões ao PT. Entretanto, os R$ 500 mil que constam na nota acima estão declarados nas contas oficiais de campanha do PT que estão disponíveis no site do TSE. Finalmente, Araújo, afirmou que o seu cliente não desembarcou no Rio de Janeiro em plena campanha eleitoral de 2019 para "especificamente para encontrar o ex-presidente Bolsonaro." A coluna reafirma a informação publicada quase cinco meses atrás.)
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