Lauro Jardim
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Por João Paulo Saconi

Marina Silva presidiu na quarta a retomada dos trabalhos do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e a posse de novos conselheiros — o governo Lula ampliou de 36 para 114 as cadeiras do colegiado, na comparação com Jair Bolsonaro. Beleza. Só que a composição do órgão está sob questionamento de entidades ambientalistas.

O motivo? O pouco avanço na ampliação da sociedade civil, almejada por essas organizações.

Sob Bolsonaro, o governo detinha 47% dos conselheiros do Conama e destinava cerca de 17,3% a representantes da sociedade civil . Do restante, 30,3% eram destinados às administrações estaduais e municipais e 8,6% a entidades empresariais.

Agora, a parcela do Executivo é de 42,1%, mas os movimentos sociais seguem com participação de apenas 19,3%. Estados e municípios têm 31% e empresas ficaram com 7%. A proporção mais favorável ao governo contraria o que foi discutido na transição e recai novamente numa “assimetria democrática”, conforme a ministra Rosa Weber, do STF, já havia alertado numa liminar proferida em 2021.

Para alterar a estrutura, sete entidades apresentaram ao Conama, na reunião de quarta, um requerimento para a reestruturação. Pedem que a reanálise garanta que “os direitos humanos e ambientais vigentes em nosso país sejam respeitados e as instituições se tornem imunes às ondas de autoritarismo”.

São signatários os institutos Guaicuy e Alana, as associações Alternativa Terrazul e de Defesa Etnoambiental, entre outros. A previsão é que um grupo assessor seja criado dentro do Conama para tratar do tema.

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