Lauro Jardim
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Por João Paulo Saconi

Corais trazidos do Panamá para fins de pesquisa científica no Brasil foram retidos pelo Ibama no Terminal de Cargas do Aeroporto de Guarulhos, na sexta-feira, e, segundo o Instituto Coral Vivo, responsável pela importação, estão correndo risco de vida enquanto aguardam uma revisão do posicionamento do órgão nesta segunda-feira.

Os espécimes são sensíveis, de acordo com a entidade, e precisariam ter sido adequadamente acondicionados no período de 48 horas desde que deixaram o país da América Central, na quinta, o que ainda não aconteceu.

O Ibama justificou a decisão de não autorizar a importação, uma vez que ela já tinha sido feita, alegando que foram trazidos ao território nacional corais em maior número do que o declarado inicialmente. O instituto, no entanto, diz que estava previamente autorizado a trazer 220 animais e, no fim, o total foi de apenas 44.

A intenção da entidade é utilizar os corais na principal pesquisa mundial sobre a resistência deles às ondas de calor provocadas pelas mudanças climáticas, como o fenômeno El Niño, que chega à costa brasileira no segundo semestre.

A partir do alerta dos pesquisadores de que os corais poderiam morrer em meio ao imbróglio com o Ibama, a 2ª Vara Federal de Guarulhos, acionada pelo instituto, determinou no domingo que o órgão ambiental realizasse a manutenção do material em local adequado.

Como não houve movimentação neste sentido, o Judiciário determinou há pouco, no fim da tarde, que o Instituto Coral Vivo, enfim, receba os corais, sem restrições. Os pesquisadores envolvidos no caso ainda não sabem se os importados sobreviveram em meio aos, nas palavras deles, “descaso e maus tratos que estão sofrendo em local incerto” do terminal.

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