Lauro Jardim
PUBLICIDADE
Lauro Jardim

Informações exclusivas sobre política, economia, negócios, esporte, cultura.

Informações da coluna

A Americanas acaba de acionar a 2ª Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados à Abitragem de São Paulo para mover uma exceção de suspeição contra o Bradesco, credor com quem vem travando uma pesada disputa judicial nas últimas semanas.

O procedimento foi solicitado no âmbito da ação de produção de provas que o banco move contra a varejista há quase oito meses, quando foi revelado o rombo contábil que a levou à RJ. A briga entre as partes subiu de temperatura depois que o Bradesco passou a utilizar a seu favor declarações de Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, implicando os acionistas de referência da Americanas (Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles) como corresponsáveis pela crise da companhia. O trio nega essa versão.

Contra o Bradesco, a Americanas, agora, ataca a participação da Kroll no processo — ao tentar o acesso aos e-mails trocados por executivos da parte adversária, o banco pediu que a multinacional de investigações empresariais fizesse a perícia do conteúdo.

A Americanas aponta um conflito de interesses no caso. Motivo: a revelação de que a Kroll está inserida na RJ da Americanas, contratada por um grupo de credores da varejista. Até que sejam prestadas informações sobre o tema, a varejista pede que o Judiciário suspenda a tramitação da ação movida pelo Bradesco. E pleiteia que, adiante, seja nomeado outro perito para o processo.

Ainda segundo a Americanas, o Warde Advogados, que defende o Bradesco, teria utilizado os serviços da Kroll na elaboração de uma petição contra o Itaú BBA e o Magazine Luiza num caso relativo ao e-commerce de jogos Kabum. O escritório representa os fundadores da marca e, conforme mostra a Americanas, mencionou um relatório da Kroll e a classificou como uma "agência de espionagem", cujo trabalho contribuiu para a formulação da petição em questão.

A Kroll, diz a Americanas, deveria atuar como uma perita isenta no caso movido pelo Bradesco. Só que essa insenção teria ficado inviabilizada depois que a empresa de segurança atuou em outro caso movido pelos advogados do banco, de maneira favorável ao interesse do escritório. A Americanas fala em uma "parceria" e em "auxílio técnico" entre a Kroll e o Warde Advogados, o que também contribuiria para a suspeição da perícia.

Mais recente Próxima Alta de Bolsonaro está prevista para quinta-feira

Inscreva-se na Newsletter: Lauro Jardim