Lauro Jardim
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Em meio à votação do projeto de lei sobre o futuro dos casamentos civis homoafetivos no Brasil, os deputados bolsonaristas Delegado Éder Mauro e Priscila Costa, ambos do PL (do Pará e do Ceará, respectivamente), utilizaram a gravidez da parlamentar para justificar seus posicionamentos favoráveis ao relatório do correligionário Pastor Eurico (PL-PE), contrário à união entre pessoas do mesmo sexo.

Éder Mauro, em meio à fala que antecedeu a votação do tema, fez referência à narrativa bíblica de Adão e Eva para defender que o casamento deve abarcar somente homens e mulheres.

Em seguida, pediu que Priscila, sua colega de partido (substituta de Yury do Paredão, expulso da sigla), se levantasse e exibisse a barriga de gestante aos colegas. A intenção era ilustrar o argumento de que só as relações heterossexuais implicam em descendentes — a despeito das possibilidades de adoção e concepção entre casais LGBT+.

Disse Éder Mauro:

— Não se trata, Priscila, de simplesmente a Constituição Federal que reconhece o casamento entre homens e mulheres (...). Adão e Eva são a prova perfeita de milhares de anos atrás. Mas está mais do além de tudo isso, das leis e dos homens. Está na vontade de Deus. Homem e mulher compõem, no casamento, a família. E eu peço Priscila que você levante, por favor. E por eles perpetua a espécie e gera um bebê (...).

Depois da cena e do discurso exaltado, Éder Mauro foi convidado a se acalmar e a beber um copo de água pelo colega Pastor Henrique Vieira, do PSOL no Rio de Janeiro.

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