Lauro Jardim
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As declarações prestadas à Justiça e à CPI da Americanas por Miguel Gutierrez, ex-CEO da varejista, não foram — e nem serão, até aqui — incluídas no relatório do colegiado elaborado por Carlos Chiodini (MDB-SC) e protocolado ontem à tarde na Câmara.

Gutierrez acusou o trio de acionistas de referência da Americanas (Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles) de ter conhecimento dos problemas financeiros da empresa desde antes de o episódio das inconsistências contábeis tornar-se público, em janeiro. Mas nada disso constará, por ora, no desfecho da CPI.

A posição pela manutenção da forma original do documento é defendida por auxiliares de Chiodini, sob o argumento de que as informações de Gutierrez teriam que ter sido prestadas aos parlamentares em depoimento na Câmara, em Brasília, como aconteceu com outros ex-executivos convocados. O antigo “chefão” da companhia, que está na Espanha, alegou motivos médicos para não vir ao Brasil.

A justificativa é de que a inserção das falas de Gutierrez no relatório abriria um precedente indevido no Legislativo. E também de que as afirmações dele ainda carecem de provas para serem incluídas nas conclusões finais de Chiodini.

Questionado na sessão de agora à tarde, dedicada à leitura do relatório, Chiodini associou o estado em que o relatório foi entregue à proximidade do prazo final da CPI, programado para 14 de setembro.

O deputado afirmou que nem mesmo uma prorrogação por mais 60 dias garantiria que o colegiado pudesse abarcar todas as nuances do caso, sob o risco de atribuir culpa sem as devidas comprovações.

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