Lauro Jardim
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A bancada do PSOL na CPI da Americanas, formada pelos deputados Fernanda Melchionna (RS) e Tarcísio Motta (RJ), elaborou um voto em separado para a CPI da Americanas. O documento responsabiliza o trio de acionistas de referência da varejista (Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles) pela fraude contábil revelada em janeiro. Esse entendimento só tem validade se for aprovado adiante pelo colegiado.

A avaliação do PSOL difere daquela contida no relatório “oficial” da CPI, finalizado na semana passada por Carlos Chiodini (MDB-SC). O relator constatou a existência de fraude no caso, mas não indicou culpados por ela. Lemann, Sicupira e Telles não foram ouvidos pelos deputados, apesar de terem sido protocolados requerimentos para que isso acontecesse. Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas nos últimos 20 anos, prestou informações por escrito. Nelas, implicou o trio de acionistas, com destaques para Sicupira.

Diz trecho do voto em separado elaborado por Melchionna e Motta:

“Há elementos e indícios suficientes para apontar a responsabilidade dos acionistas de referência, Carlos Sicupira, Jorge Lemann e Marcel Telles; afinal eles são corresponsáveis pelos danos decorrentes da fraude contábil nos balanços da Companhia divulgados com inverdades e informações falsas (...) Estavam no controle da Companhia, com alto grau de influência, sabiam da fraude e das inverdades lançadas em balanço, e tinham o dever estatutário de saber, devendo por consequência, serem todos indiciados”.

O voto em separado também pede a inclusão da PWC Brasil e da KPMG no rol de responsáveis pela crise da Americanas. As auditorias foram as responsáveis por chancelar os balanços da companhia no período em que ocorreu a fraude.

Os parlamentares ainda apresentaram um projeto de lei, relacionado ao voto em separado, para ampliar as possibilidades de responsabilização dos executivos em casos do tipo.

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