Lauro Jardim
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Por Rodrigo Castro

O Conselho Indígena de Roraima (CIR) voltou a criticar o que classificou como "falsas narrativas" de Gilmar Mendes durante julgamento do marco temporal no STF, que formou maioria para derrubar a tese que afetaria a demarcação de terras.

A entidade ataca principalmente a chamada "tese de Copacabana", evocada pelo ministro sobre a possibilidade de áreas urbanas consolidadas serem desapropriadas, já que o Brasil seria essencialmente território indígena antes de 1500.

O CIR já havia repudiado uma fala de Gilmar por sugerir que indígenas da terra Raposa Serra do Sol passam fome e afirmar que "muitos desses índios foram catar lixo em Boa Vista". A frase foi proferida durante sessão em 31 de agosto e avaliada como "preconceituosa".

Em novo posicionamento, o conselho afirma que "Gilmar Mendes trouxe à tona, novamente, falsas narrativas que compõem o repertório de uma campanha de desinformação que, ao longo dos últimos anos, mirou na dilapidação dos direitos indígenas". Acrescenta que seu argumento sobre a tese de Copacabana é "descabido". E completa:

"Além de não existir nenhum pedido de demarcação sobre a praia de Copacabana, os povos que de fato habitaram essa região no passado foram expulsos ou dizimados. Que é o que vai acontecer com nossos parentes Pirititi, um povo isolado de Roraima que, se aprovado o marco temporal, pode perder seu território para o avanço dos arrozais, plantações de soja e garimpos. Isso porque o governo brasileiro só identificou a presença deles em 2012. Mas isso não significa que eles já não estavam lá em 1988".

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