Lauro Jardim
PUBLICIDADE
Lauro Jardim

Informações exclusivas sobre política, economia, negócios, esporte, cultura.

Informações da coluna
Por

As empresas aéreas brasileiras — ou mais especificamente os preços dos bilhetes cobrados em suas rotas nacionais — estão na mira do governo, da PGR e do Cade.

Numa espécie de ação conjunta, na quarta-feira, a PGR enviou ao Cade uma representação com denúncias de que Latam e Gol estariam praticando cartel, ou seja, combinando os valores que cobram por seus tíquetes. No dia seguinte, o Cade abriu um inquérito administrativo para investigar a suspeita da PGR, que inclui exemplos de rotas como Rio/SP, São Paulo/Brasília e São Paulo/Belo Horizonte.

E, no fim de semana, o ministro Silvio Costa Filho convocou o comando da Gol, Latam e Azul, que representam 98% do transporte aéreo doméstico, para uma reunião em seu gabinete justamente para tratar do alto preço das passagens. O encontro acontecerá amanhã.

O ministro dos Portos e Aeroportos não tem como interferir nos valores cobrados pelas empresas. Por isso, ele tem o cuidado de dizer publicamente que está "convidando as companhias aéreas e a Anac para discutir o aumento no valor das passagens". Ressalva que "não vai aceitar valores que prejudiquem a população". Mas diz que quer "construir uma solução conjunta".

Costa Filho também sabe, porém, que uma chamada do ministro para uma reunião sobre este tema bota as três maiores empresas do setor aéreo do país contra a parede.  

Na reunião, pretende mostrar aos executivos da Gol, Azul e Latam uma pesquisa que indica que em algumas rotas o aumento médio de preços nos últimos 12 meses bateu 60%. Em outras, 40%.

Na semana passada, uma nota deste blog relatou que voos partindo na terça-feira do Rio de Janeiro para São Paulo custavam mais mais do que para… Nova York.

A ponte aérea, considerando somente ida, custava em torno de R$ 2,6 mil – valor mais barato disponível nas principais companhias aéreas. Já quem pesquisava bilhetes do Rio para o aeroporto internacional John F. Kennedy, na cidade americana, podia comprá-los por pouco mais de R$ 1,8 mil, nos preços mais baixos. A propósito, um levantamento feito pela Associação Rio Vamos Vencer (RVV) em setembro localizou passagens Rio-São Paulo por até cerca de R$ 8 mil.

Mais recente Próxima Americanas adia divulgação do balanço pela 8ª vez

Inscreva-se na Newsletter: Lauro Jardim