Lauro Jardim
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Informações da coluna

A UERJ realiza hoje entrevistas com candidatos do processo seletivo para doutorado em Direito Público. Até aí, beleza, não fosse um dos concorrentes braço-direito do deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PL-RJ), proibido pela Justiça de entrar na universidade.

Junto a correligionários, o parlamentar invadiu o campus da instituição de forma intimidatória sob pretexto de fiscalizar suspeitas de irregularidades. Aos que não se lembram, Amorim foi o responsável por quebrar a placa em homenagem a Marielle Franco na campanha eleitoral de 2018.

Agora, seu assessor parlamentar Fernando Fernandes é um dos seis candidatos aptos à fase da entrevistas. Seu projeto será sobre "Consolidação e Reforma das Leis — Estudo propositivo para enfrentar a Inflação Legislativa Estadual do Rio de Janeiro".

Mas seu chefe tem um histórico de ataques à UERJ. O deputado foi autor de um projeto de lei para acabar com as cotas em universidades do estado. Em uma audiência pública sobre o tema na própria instituição, protagonizou um cenário de hostilidade ao lado do também deputado Alexandre Knoploch, que agrediu um estudante.

Amorim já propôs, sem sucesso, a criação da CPI das Universidades. Voltou a mirar a instituição ao aprovar uma auditoria que ia desde as cantinas à exploração do estacionamento em dias de jogo no Maracanã.

Já Fernandes foi citado nas investigações relativas ao escândalo na Fundação Ceperj, da qual recebeu pagamentos. Sua contratação poderia ser irregular, já que é ilegal acumular cargos públicos. Além disso, sua mulher era diretora da instituição à época - o que poderia configurar nepotismo. O Ministério Público apura a influência de Amorim.

(Atualização em 11/12, às 13h: Fernando Mesquita Fernandes entrou em contato com a coluna para afirmar que pleiteia a vaga como doutorando na UERJ porque é pesquisador, formado Ciências Jurídicas e Sociais pela UFRJ e mestre em Filosofia pela própria UERJ. Além disso, na Alerj, onde trabalha com Rodrigo Amorim, o assessor tem habilitação para lecionar na Escola Superior do Legislativo. Na Casa, diz ele, a principal função atualmente é auxiliar a CCJ, onde afirma ter participado do exame de mais de 2 mil processos. Fernandes também destacou que trabalha com a isenção necessária a um pesquisador, defendeu a impessoalidade do processo seletivo do qual é participante e destacou que a censura “não combina” com a UERJ).

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