A embaixada brasileira na Palestina demonstrou, a exemplo dos discursos do governo Lula, um zelo especial em suas comunicações internas com Brasília. Em 384 páginas de telegramas sobre o conflito entre Israel e Hamas entre outubro e início de dezembro, obtidos via Lei de Acesso à Informação, a representação fez apenas 12 menções a "terroristas".
Em comum, todas elas estão entre aspas e atribuídas a outras fontes.
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O mesmo cuidado é dispensado à palavra "terrorismo". Nas quatro vezes em que o vocábulo aparece nos documentos, ou está entre aspas ou escrito de uma forma que não aparente um juízo de valor.
Em outubro, o Ministério de Relações Exteriores explicou que adota a classificação da ONU, que não inclui o Hamas na lista de organizações terroristas mundiais.
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