Lauro Jardim
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A tentativa do governo de enfiar Guido Mantega goela abaixo da Vale, uma ideia fixa de Lula, está sendo executada por Alexandre Silveira. O presidente escalou seu ministro de Minas e Energia para a missão.

Cabe a ele tentar fazer o desejo de Lula virar realidade. O petista desde o ano passado vem repetindo essa vontade a vários interlocutores. Julga que Mantega foi muito injustiçado.

Não será uma tarefa fácil para Silveira.

Antes de mais nada porque o que Lula quer de verdade é que Mantega seja presidente executivo da Vale. Ninguém que conhece de perto a empresa vê isso como possível. A Vale foi privatizada em 1997. E desde 2020 é uma empresa sem dono, sem um controlador definido. No conselho de administração da Vale, de 13 cadeiras apenas uma pode ser considerada "do governo", que é a ocupada pelo presidente da Previ, João Fukunaga.

A alternativa que Silveira tem trabalhado é para dar a Mantega uma cadeira no conselho de administração da Vale. Como o conselho está totalmente preenchido, com mandatos vencendo apenas em 2025, para que essa solução prospere alguém teria que renunciar. É, no entanto, uma solução possível.

As próximas duas semanas serão de intensas negociações. No dia 31, o conselho da Vale se reúne. Um dos assuntos da pauta é a decisão se Eduardo Bartolomeo continua na presidência da Vale por mais um mandato. O tema tem ligação estreita com a missão de Silveira: negociações sobre a permanência do atual presidente, seja com um mandato de três anos, como é o habitual, ou um mandato menor, podem passam por alguma alteração no conselho.

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