Lauro Jardim
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Felipe Neto conseguiu, há quase dois anos, fazer com que a 3ª Vara Criminal de Campinas (SP) atendesse a um pedido seu para condenar o advogado Mizael Izidoro por difamação e injúria, ambos os crimes cometidos via redes sociais. Izidoro, que havia chamado o youtuber de “crápula” e tentado associar o nome dele ao massacre numa escola em Suzano (SP), em 2019, acabou sentenciado a uma pena de cinco meses e dez dias de detenção, convertida em serviços comunitários. Beleza.

Só que, até agora, Izidoro não cumpriu a sanção determinada pela Justiça (e nem pagou os mais de R$ 80 mil em indenização na esfera cível). Ele, na verdade, sequer tomou ciência oficialmente da condenação, uma vez que o Judiciário não conseguiu intimá-lo em seus endereços.

Enquanto isso, segue ativo nas redes: faz posts diários para mais de 45 mil seguidores, quase sempre em defesa de Jair Bolsonaro e críticas a Lula — as mais recentes já relativas ao discurso do presidente sobre Israel e Gaza, no fim de semana, com a menção ao Holocausto.

Para obrigar Izidoro a cumprir a pena, a juíza Alessandra Miguel, da 5ª Vara de Execuções Penais do TJ de São Paulo, acaba de determinar que ele fique preso em regime aberto. Já que não prestou o serviço comunitário (e nem pagou os 13 dias-multa estipulados pela sentença), o advogado deverá ficar em casa diariamente entre 22h e 6h; apresentar-se mensalmente à Justiça; abster-se de frequentar lugares que vendam bebidas alcóolicas e de portar armas, entre outras medidas.

É claro que as restrições só vão acontecer após a intimação dele. Mas, desta vez, se não for encontrado, Izidoro, conforme sinaliza a mesma magistrada, poderá ser submetido a “regime prisional mais rigoroso”. Além de influenciador digital, o advogado atua na área de Direito Penal (e, portanto, conhece a legislação criminal) e administra um escritório chamado MIB, especializado, entre outras áreas, em crimes contra a honra, como os que Izidoro cometeu contra Felipe Neto.

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