Lauro Jardim
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A viúva de Olavo de Carvalho, Roxane, afirmou à 3ª Vara da Família e Sucessões do TJ de São Paulo que não concorda com a intenção da filha mais velha do escritor, Heloisa, de comandar o inventário do pai, morto em janeiro de 2022 na Virgínia, nos EUA, aos 74 anos.

A posição foi repassada ao Judiciário brasileiro por Roxane no início do mês, depois que ela, ainda residente em território americano, foi intimada do processo aberto por Heloisa em agosto do ano passado para analisar e distribuir os bens paternos. À distância, Roxane está sendo representada pelo escritório gaúcho Malheiros, Saldanha e Canto Advogados, que defendia Olavo em vida.

Além de Heloisa, Olavo deixou outros sete filhos (Luiz, Tales e Davi, do primeiro casamento; Maria Inês e Percival, do segundo; Leilah e Pedro, filhos de Roxane). Com a primogênita, Olavo tinha rusgas desde 2017: ela, de esquerda, discordava publicamente das ideias à direita pregadas pelo pai, que se tornou um “guru” para os apoiadores de Jair Bolsonaro.

Depois que Olavo morreu, Heloisa adiantou ao jornalista João Batista Júnior, da revista “Piauí”, que utilizaria o espólio paterno para esmiuçar as finanças do guru bolsonarista e, conforme prometeu ela à época, “descobrir se empresários financiavam a máquina de ódio e fake news” de Olavo.

Daí a insatisfação dos outros envolvidos no inventário, incluindo Roxane, com a iniciativa de Heloisa. Em setembro, a juíza Tatiana Saba, que conduz o caso, questionou a opinião da viúva, cuja resposta desfavorável à ex-enteada chegou ao TJ de São Paulo no último dia 6, via advogados.

Agora, caberá à magistrada deliberar quais serão os próximos passos do processo. O desfecho patrimonial de Olavo é importante não só para a família, mas para credores do autor: Caetano Veloso, entre eles, cobra R$ 2,9 milhões em uma indenização devida, por exemplo.

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