Lauro Jardim
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Jair Bolsonaro jura que o ato deste domingo em São Paulo será em "defesa da democracia". Beleza. Mas no STF o espírito é de preocupação.

Há um consenso entre os ministros de que se Bolsonaro criticar asperamente a corte ou alguns de seus ministros, poderá ser preso imediatamente. Diz um ministro do Supremo, com mais rigor ainda:

— Se ele falar um 'ai' do Supremo, vai preso.

Pela programação, Bolsonaro fechará o ato. Sua fala deve ser de 30 minutos, dividida desta forma: uma parte para autoelogiar o seu o governo, outra sobre "as perseguições que tem sofrido do Judiciário" e uma terceira sobre o "futuro do Brasil". Ou seja, o tema STF está na roda. Será tocado por ele. Resta ver com qual contundência.

Em 2021, num 7 de setembro, no mesmo local, Bolsonaro atacou frontalmente Alexandre de Moraes em termos inéditos:

— (...) Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais.

— Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas turve a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha. Deixa de oprimir o povo brasileiro, deixe de censurar o seu povo. Mais do que isso, nós devemos, sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade.

No próximo domingo, Bolsonaro não poderá dizer nada que se assemelhe a isso.

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