Lauro Jardim
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Por João Paulo Saconi

Waldir Brazão, aliado (sem parentesco verdadeiro) de Domingos e Chiquinho Brazão — presos hoje — fez ataques verbais em nome de seu grupo político à Monica Benício, viúva de Marielle Franco, numa sessão da Câmara de Vereadores do Rio em 12 de dezembro de 2023.

Waldir e Monica foram eleitos vereadores em 2020 e, desde então, integram o Legislativo carioca, ela pelo PSOL e ele pelo União Brasil. Hoje, o grupo político de Waldir entrou na mira da operação da PF sobre o assassinato de Marielle, em 2018. Domingos e Chiquinho seriam os mandantes.

Há pouco mais de três meses, enquanto a Câmara votava as contas da Prefeitura do Rio em 2020, Monica usou o microfone da Casa para sugerir que “determinados nomes e sobrenomes” no local tinham “ligação direta ou indireta com a milícia”. Em seguida, disse que “Marielle foi assassinada e seu crime será respondido (...)”. Depois, indicou que os “incomodados prepararassem o passaporte”.

A reação de Waldir, que estava no plenário, foi num tom acima (veja o vídeo abaixo). Defendendo o grupo dos Brazão, ao qual se referia como “a gente”, o vereador disse:

— Perante a fala da companheira Monica, percebi que tanto a extrema direita quanto a extrema esquerda não têm pauta. Ela só fala de ódio o tempo todo e faz acusações que não têm nada a ver com a pauta que estava sendo votada. Porque a única pauta que ela (Monica) tem é a morte da Marielle (...). Se ela não tiver essa pauta, ela não consegue fomentar o eleitorado do PSOL (...).

Em seguida, Waldir questionou o que teria sido, na visão dele, uma falta de diálogo entre Monica e Marielle, no período em que eram casadas:

— Pra mim, se tem um motivo pra matar a Marielle, ela (Monica) não sabe de nada. Ela dormia do lado da Marielle, mas não contou, não sabe, não sabe quem ameaçava a Marielle, não sabe o que ela (Marielle) investigava... Não sei que casamento é esse. A minha mulher sabe tudo de mim. Até quando eu tô errado. Quando eu tô na sacanagem, a minha mulher sabe. Mesmo quando eu escondo. Mas ela (Monica) não sabe de nada.

Por último, Waldir finalizou, em nome da família Brazão, e prometeu que as respostas à Monica, se continuassem às menções ao caso Marielle, seriam “cada vez pior”:

— É mais fácil acusar o Brazão do que outro (à época, somente Domingos Brazão figurava entre os suspeitos). Toda vez que ela (Monica) fizer isso, eu vou responder. E cada vez vai ser num grau maior. Porque ela (Monica) não sabe de nada. Ninguém tem prova de nada. E, se foi ódio, não foi a gente.

Assista ao vídeo da fala de Waldir Brazão (a partir das 5h01min de transmissão):

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