Lauro Jardim
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Cláudio Castro decidiu demitir o próprio vice, Thiago Pampolha, do cargo de secretário de Meio Ambiente do governo do Rio. A exoneração será comunicada agora à tarde numa reunião dos dois no Palácio Guanabara e publicada adiante em Diário Oficial. O movimento sucede uma série de desgastes e desconfianças acumuladas entre os dois parceiros de chapa desde a virada do ano.

Para o lugar de Pampolha, Castro escolheu Bernardo Rossi, que chefiava sua Secretaria de Governo. Na vaga de Rossi, entrará André Moura, que já esteve à frente da Casa Civil e atualmente estava na Secretaria Extraordinária de Representação do Executivo fluminense em Brasília.

Pampolha era o titular da área ambiental desde outubro de 2020, por escolha de Castro, à época substituindo Wilson Witzel, governador afastado. O único hiato foi durante as eleições de 2022, quando o vice deixou a secretaria para concorrer à reeleição como deputado estadual, até ser convidado para substituir Washington Reis, impedido pelo TRE do Rio de estar na chapa de Castro.

Passados três anos na condução da secretaria, Pampolha, agora, ocupará apenas o cargo de vice, para o qual foi empossado em janeiro de 2023. Se nada mudar na relação com Castro, a tendência é que a participação do “zero dois” no governo seja menos expressiva.

Os dois romperam depois que o vice decidiu migrar do União Brasil para o MDB, com vistas para uma candidatura ao governo estadual em 2026. Castro reclamou e agiu para barrar a migração, sem êxito. Ele também se ressentiu com o protagonismo do auxiliar na crise das chuvas de janeiro.

Houve uma tentativa de reaproximação da dupla no Carnaval, durante o Desfile das Campeãs na Sapucaí, com uma visita de Pampolha ao camarote de Castro. Governador e vice posaram para fotos juntos, já após a filiação do segundo ao MDB, feita em São Paulo para evitar novas rusgas com o chefe do Executivo. O cessar-fogo, no entanto, durou menos de duas semanas: houve novo distanciamento nos últimos dias e, assim, Pampolha será demitido da secretaria.

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