Ministro sugere a instituto de pesquisa as perguntas que deveriam ser feitas sobre Lula

Paulo Pimenta, chefe da Secom, resolveu polemizar com as pesquisas de opinião. Foi para as redes sociais contestar a pesquisa Quaest da semana passada, segundo a qual 60% dos brasileiros acharam que Lula exagerou ao comparar o que acontece em Gaza com o que Adolf Hitler fez na II Guerra ao mandar matar 6 milhões de judeus.

Escreveu o ministro:

"As pesquisas são também conduzidas pela pergunta. Por exemplo: Você concorda que @LulaOficial deveria ter denunciado a morte de mulheres e crianças inocentes em Gaza? Certamente os números seriam outros. Ou outro exemplo: Você concorda que 1,7 milhões de pessoas, na maioria mulheres e crianças, sejam massacradas, sem terem acesso a comida, água potável e condições mínimas de sobrevivência em Gaza ? Então, vamos devagar com o andor que o santo é de barro."

Em vez de tentar ele próprio conduzir pesquisas não encomendadas pelo Palácio do Planalto, seria mais proveitoso que Lula fosse mais cuidadoso quando falasse sobre temas delicados.

As duas perguntas que Pimenta sugere que sejam feitas numa pesquisa (quem sabe surge uma a pedido do governo com essas questões?) escondem o fato de que Lula falou de Hitler e de judeus em sua atrapalhada fala na Etiópia. E justamente por isso esse tema apareceu, da forma que apareceu, como uma das perguntas da pesquisa que Pimenta pretende desacreditar.

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