Lauro Jardim
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Diretor global de privacidade do X (antigo Twitter), o brasileiro Renato Leite cancelou essa semana sua participação em um seminário no Rio, após ser orientado pela empresa. E pudera.

A depender de opiniões pretéritas, Leite já defendeu ideias que contrastam com a visão de Elon Musk, que vem protagonizando um embate com Alexandre de Moraes ao ameaçar descumprir decisões judiciais e acusá-lo de "censura".

Em artigo publicado na revista Conjur em 2010, sobre a os impactos da minirreforma eleitoral na internet, Leite afirma:

"Pode-se agir dentro do direito da liberdade de expressão, bem como absorver todas as informações produzidas por outros internautas. Mas, as garantias de liberdade não podem esbarrar em nenhum ordenamento jurídico ou colidir com direitos de terceiros".

No mesmo texto, cita "milhares de decisões no Brasil demonstrando que, de fato, a Internet não é mundo sem Leis no Brasil e isso não poderia ser diferente no processo democrático eleitoral".

Em outro artigo, intitulado "Quando é preciso regular?" e publicado no "Jota" em 2015, Leite e Rony Vainzof comentam sobre a velocidade das inovações tecnológicas e os gargalos na legislação, que não acompanha o ritmo das mudanças. Em um dos trechos, os autores destacam:

"Importante ponderar que direitos sempre vêm com deveres, e tais produtos e serviços inovadores, invariavelmente providos por empresas estrangeiras, devem respeitar a legislação brasileira, garantido aos seus usuários segurança, privacidade, respeito aos direitos humanos, ao código de defesa do consumidor e ao ordenamento jurídico tributário, dentro de um ambiente de concorrência livre, leal e proporcional".

A coluna tentou contato com Leite, mas não obteve resposta.

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