Lauro Jardim
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Decisões sobre a Lava-Jato proferidas por Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, enquanto ministro do STF, foram desrespeitadas pelos magistrados que o CNJ afastou hoje dos cargos, conforme revelou Daniela Lima, após um “pente-fino” na operação.

A informação é relativa a Loraci Flores e Carlos Eduardo Thompson, desembargadores do TRF-4 (PR, SC e RS), e a Danilo Pereira Júnior, juiz federal. Ela consta no relatório que Luis Felipe Salomão produziu sobre irregularidades cometidas pelos magistrados, bem como por Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde também atuou Sergio Moro.

De acordo com o relatório de Salomão, os três magistrados — Flores, Thompson e Pereira Júnior — integravam a 8ª Turma do TRF-4 quando o colegiado restabeleceu mandados de prisão contra Rodrigo Tacla Duran e Raul Schmidt Júnior, de maneira irregular. Ambos foram alvos da Lava-Jato, estiveram presos em 2016 e, depois, passaram a responder em liberdade.

Tacla Duran, que hoje está na Espanha, era apontado pelo MPF como operador da Odebrecht. Ele diz que, na verdade, foi vítima de um esquema de extorsão nos bastidores da operação cujos protagonistas eram Moro e Deltan Dallagnol, a quem também faz acusações.

Já Schmidt Júnior, que vive em Portugal, foi investigado por operar pagamentos de propina a ex-diretores da Petrobras, incluindo Jorge Zelada, de quem seria sócio. Chegou a ser condenado, mas acabou absolvido por Eduardo Fernando Appio, juiz que assumiu os casos da operação e, depois, via CNJ, teve que deixá-los.

Toffoli havia determinado que novas decisões não fossem tomadas enquanto ele analisava reclamações sobre a Lava-Jato, movidas por Tacla Duran. O mesmo já havia sido feito por Lewandowski. Mas os três nomes, agora afastados do TRF-4, se movimentaram mesmo assim.

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