Desembargador sela possível 'efeito dominó' em eventual cassação do governador do RJ

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Motivo: a decisão do desembargador Peterson Simão, do 10 de abril, pôs no mesmo banco dos réus Castro, Pampolha e também Rodrigo Bacellar, ex-secretário de Governo da gestão e hoje presidente da Alerj — os dois últimos são os próximos na linha sucessória do governo fluminense.

O trio é investigado por suspeita de contratações irregulares no Ceperj (o Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos). Outros nove aliados estão na mira.

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Até a semana passada, uma das duas ações, movida por Marcelo Freixo (adversário de Castro em 2022), tinha potencial para, se aceita, tornar Bacellar o governador do Rio. Nesse processo, os réus são Castro, Pampolha e Gabriel Rodrigues Lopes, ex-presidente do Ceperj. Uma vez condenados, governador e vice deixariam as cadeiras, e Bacellar, por chefiar o Legislativo, herdaria o governo.

Essa ação de Freixo foi unida à outra, movida pelo MP Eleitoral, em que Bacellar também era alvo junto com Castro e Pampolha — portanto, não há mais ação que tramite somente contra governador e vice. O esquema do Ceperj também teria envolvido Bacellar: a cunhada dele apareceu entre os contratados do centro, bem como habitantes de Campos dos Goytacazes (RJ), reduto político dele.

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Como o objetivo da unificação dos processos, segundo o magistrado Simão, é “evitar decisões conflitantes”, tornou-se mais difícil um cenário em que Castro e Pampolha sejam condenados, mas Bacellar absolvido. Da mesma maneira, é menos provável, se as ações andarem, que o presidente da Alerj se torne governador.

Caso a tripla vacância aconteça, com Castro, Pampolha e Bacellar condenados à perda dos cargos, quem assumiria o Executivo do Rio seria... o presidente do TJ, hoje o desembargador Ricardo Cardozo.