Lauro Jardim
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O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) entregou no fim da semana passada uma nova proposta com reajuste médio de 35% aos vencimentos básicos de servidores federais da área ambiental. Eles estão paralisados desde janeiro, realizam apenas operações “padrão” e, com isso, o volume de autuações aplicadas por órgãos como Ibama tem diminuído.

O plano do governo altera, além dos vencimentos básicos, a remuneração para os técnicos que atuam na Amazônia. Em capitais conectadas à floresta, a intenção do governo é que os salários subam 25%. A alta seria de 30% para quem atua nas áreas de fronteira.

Na administração federal, internamente, a proposta é considerada a mais generosa até aqui. Sobretudo porque o aumento percentual para o topo da carreira ambiental (de até 30%) supera aqueles concedidos em janeiro à PF e à PRF, de 22,6% e 27,48%, respectivamente.

O benefício aos policiais rodoviários foi o estopim para a crise na área ambiental, porque os servidores do Ibama e do ICMBio consideraram que o governo teria privilegiado uma corporação que, até 2022, vinha agindo a favor de Jair Bolsonaro em seus bastidores. A maior parte dos ambientalistas, por sua vez, se considera alinhada a Lula e, por isso, se sentiu “traída” pela gestão.

Apesar dos esforços, já há indicativo entre os servidores ambientais de que essa nova proposta não deve ser aprovada. Eles demandam equiparação da carreira com a da Agência Nacional de Águas (ANA), o que não consta entre as ofertas do MGI. Também reclamam que, apesar do percentual maior de aumento ante PF e PRF, os valores brutos seguem distante das corporações. E o topo da carreira, em que o aumento é maior, será dificilmente alcançável nas regras atuais, dizem os tecnicos.

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