Quatro deputados petistas não participaram da votação em plenário que manteve a prisão de Chiquinho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco. Mas três deles afirmam que acompanhariam a bancada do PT.
Florentino Neto (PT-PI) e Luizianne Lins (PT-CE) estavam de licença médica.
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Neto avalia a decisão da Câmara como "correta" e afirma que "há continuidade da conduta delitiva" quanto à obstrução da Justiça.
Luizianne disse, por meio de suas redes sociais, que "a manutenção da prisão é a justiça finalmente dando respostas às muitas vozes incansáveis que por seis anos nos silenciaram".
Quem também acataria a orientação da legenda é Waldenor Pereira (PT-BA). O deputado explica que precisou se deslocar para sua casa em Vitória da Conquista por suspeita de dengue, mas garante que seu voto seria pela manutenção da prisão.
O trio se posicionou, portanto. Sem deixar dúvida.
A única incógnita, portanto, é Washington Quaquá. O vice-presidente do PT teve todas as oportunidades de se manifestar, mas ainda não o fez.
Há cerca de duas semanas, Quaquá foi alvo de críticas no partido pela seguinte declaração:
— Conheço o Domingos Brazão de longa data, inclusive de campanhas eleitorais nacionais onde ele esteve do nosso lado. Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade.
Procurado, Quaquá não se manifestou.
Na segunda-feira, o deputado publicou em seu Instagram que estava "com tosse, dor de garganta e febre" e não teria conseguido sair da cama. No dia seguinte, no entanto, compareceu à inauguração de uma loja de pet em Maricá (RJ).
Ontem, dia da votação, pelo visto sua saúde piorou...
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