Avançou várias casas a negociação entre o Flamengo e a Caixa a respeito da construção de um estádio do clube num terreno do banco, no Gasômetro, na zona portuária da cidade.
Os presidentes da Caixa e do Fla, Carlos Vieira e Rodolfo Landim, se reuniram ontem na sede do banco, em Brasília, e começaram a destravar o nó que impede o fechamento do acordo. O empecilho reside num ponto chave: o preço do terreno, de 87 mil metros quadrados, pertencente a um fundo de investimentos gerido pela Caixa.
Há meses, o Fla pretendia pagar apenas um terço do valor ambicionado pela Caixa, que é de R$ 450 milhões.
Entre o início das conversas, em fevereiro, e a reunião de ontem houve um fator que contribuiu para destravar o impasse: a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro de autorizar a transferência do potencial construtivo da sede social do clube na Gávea, na zona sul.
Essa decisão precisa ter a aprovação da Câmara dos Vereadores. Mas ninguém crê que os vereadores cariocas vetariam uma medida que beneficie o clube mais popular da cidade — e do Brasil.
O potencial construtivo refere-se à quantidade de construção permitida em um terreno de sua propriedade. Esta medida é utilizada para controlar o crescimento urbano, de acordo com o plano diretor de cada cidade. Com a mudança desse potencial, o Fla pode oferecer mais pelo terreno da Caixa.
Há agora um acordo de confidencialidade assinado entre Fla e Caixa sobre a transação.
Foi marcada uma nova reunião entre as partes, prevista para quarta-feira que vem, na sede carioca da Caixa, novamente com a presença dos presidentes do banco e do clube e também com representantes da prefeitura do Rio.
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