Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas foragido na Espanha desde hoje de manhã, fez movimentações financeiras que colocaram oito familiares seus na mira da PF. Entre outros crimes, a corporação apura se o executivo cometeu lavagem de dinheiro.
Foram transferências de ativos, como imóveis e veículos, para empresas cujos sócios eram parentes de Gutierrez. Os implicados na “trama” — um grande novelo para esconder a titularidade dos bens — incluem desde a mulher de Gutierrez, passando por três filhos do executivo, duas irmãs dele e até um cunhado, além de uma sobrinha. Para mapeá-los, policiais criaram uma de árvore genelógica.
A descoberta foi de que a movimentação dos bens envolvendo essas pessoas aconteceu, segundo o MPF, por meio de uma “intensa movimentação patrimonial” a partir de 2022. No primeiro semestre de 2023, Gutierrez deixou de ser sócio das firmas em questão, já com a crise de Americanas à porta.
As empresas identificadas pela PF foram: Sarmiento Consultores (da qual Gutierrez é sócio); Coroa Verde Participações; Sogepe Participações; Nazareth Participações; Tombruan Participações e Trombuan Corporation — essa última sediada em Nassau, nas Bahamas, um paraíso fiscal.
Apesar da inclusão de seus parentes nos negócios, Gutierrez foi o único da família alvo de um pedido de prisão preventiva. A mulher dele, no entanto, também foi mencionada em diligências, já que viajou com ele para a Espanha, no ano passado, e não retornou mais ao Brasil.
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