A rejeição ao projeto de lei que equipara o aborto feito após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, incluindo casos de gravidez resultante de estupro, avançou em enquete disponível no site da Câmara. O número dos que dizem "discordar totalmente" dobrou em menos de 24 horas em comparação a ontem: são cerca 666 mil pessoas avessas à proposta, o equivalente 87%, até as 13h desta sexta-feira.
Em contrapartida, 90 mil afirmam "concordar totalmente" com o PL, o que representa 13% dos votantes. Outras 1.899 responderam "concordar na maior parte", enquanto 3.038 "discordam na maior parte". Os indecisos somam 286.
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Após a Câmara aprovar a toque de caixa o regime de urgência (o projeto vai direto a plenário, sem passar pelas comissões), milhares de manifestantes foram às ruas em capitais do país protestar. NAs redes sociais, a mobilização contrária também foi alta. Reações que fizeram Arthur Lira recuar e indicar a possibilidade de mudanças no texto, apesar da resistência da bancada evangélica.
O presidente da Câmara afirmou que a proposta, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), não abarcará casos em que hoje o procedimento é permitido por lei.
No Brasil, a legislação avaliza o aborto em casos de estupro; de risco de vida à mulher e de anencefalia fetal (quando não há formação do cérebro do feto). Não há definido um prazo máximo para o aborto legal.
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