Lauro Jardim
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O volume de menções à taxação de compras internacionais atingiu um pico nesta semana, quando o tema foi votado pelo Congresso na terça-feira.

Foram 176 mil menções em três dias (no Twitter, notícias, Reddit, Facebook e posts de políticos ou notícias no Instagram), entre quarta-feira, quinta-feira e ontem, de acordo com um levantamento inédito da consultoria Bites. A "taxação das blusinhas' gerou dois efeitos: 1,01 milhão de interações e a derrota do governo no debate das redes sociais.

Entre quarta-feira e ontem, os bolsonaristas venceram com folga a discussão, culpando o governo pela taxação.

Agora, eles ironizam o PT com a campanha #VetaLula. Um dos puxadores da campanha é Carlos Bolsonaro.

O único influenciador que consegue fazer frente ao discurso da direita é Felipe Neto, que primeiro publicou um vídeo revoltado com o governo por ter deixado passar a taxação, foi ironizado e depois tentou mostrar que o PL e Bolsonaro também queriam o imposto. 

As associações com Lula ou Janja são 109 mil menções nesses três dias, o que representa 17,3% de todas as menções aos dois nas redes sociais.

É um volume significativo. Muito mais expressivo que as menções a Lula associadas ao veto da saidinha (8% das menções a Lula ou Janja na semana) ou da manutenção do veto de Bolsonaro à tipificação do disparo em massa de fake news (13,6% das menções a Lula ou Janja na semana).

O tema da "taxação das blusinhas" só tinha despertado mais interesse no ano passado, entre 12 e 14 de abril, quando Janja chegou a defender o fim da isenção ("A taxação é para as empresas e não para o consumidor"), opinião que depois foi alterada.

Naquela ocasião, foram 186 mil menções, com 1,84 milhão de interações (fora o debate no TikTok, uma das redes que mais moveu o interesse pela taxação das compras em sites chineses).

Nos dois casos, os principais promotores da pauta foram influenciadores do MBL, como o deputado Kim Kataguiri e a pré-candidata a vereadora de São Paulo Amanda Vetorazzo. 

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