Lauro Jardim
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Juliana Bierrenbach, ex-advogada de Flávio Bolsonaro, afirma que não foi até Brasília para a reunião com Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Augusto Heleno, em agosto de 2020, para apresentar nenhuma proposta ilícita relativa à defesa do senador no caso das “rachadinhas”.

A versão refutada por ela foi apresentada por Ramagem à PF, em depoimento prestado ontem, conforme revelou a colunista Bela Megale. Aos investigadores, o ex-chefe da Abin disse que registrou o encontro em áudio para proteger o então presidente de eventuais ilegalidades sugeridas pela defesa de Flávio. Àquela altura, o “Zero Um” era representado, além de Juliana, por Luciana Pires, também presente na reunião, e por Frederick Wassef, ausente na ocasião.

Diz Juliana, em resposta a Ramagem:

— Eu não tinha nada para fazer naquela reunião a não ser apresentar a minha investigação a respeito da Receita Federal (...) Estou bastante curiosa pra descobrir quais são as propostas ilícitas que o Ramagem esperava ouvir na reunião. Ele deveria dizer publicamente de quem viriam, e quais seriam.

Ao falar publicamente sobre o episódio pela primeira vez, num vídeo publicado na segunda-feira, Ramagem afirmou teria feito a gravação com o aval do Bolsonaro, diante da preocupação de uma pessoa supostamente ligada a Wilson Witzel, desafeto do chefe, apresentar ao grupo uma “proposta nada republicana” para livrar Flávio das investigações. Juliana se defende:

— Jamais tive qualquer contato nem com Wilson Witzel, nem com nenhum dos governadores do Rio.

A preocupação de Ramagem, de fato, não era relativa à Juliana, mas à Luciana Pires. A criminalista fazia a defesa de Flávio no TJ do Rio e vinha rivalizando com Wassef, responsável por representar o senador em Brasília. Teria partido de Wassef o “alerta” que levou Ramagem a ligar o gravador.

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