Lauro Jardim
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Omar Aziz (PSD), mais uma vez com pouquíssimas papas na língua, acaba de chamar Javier Milei de “moleque” e “vagabundo” diante de parlamentares bolsonaristas no Senado.

Presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), Aziz usou a sessão da manhã de hoje para rebater as críticas feitas ontem pelo presidente argentino a Lula. Diante dele, no colegiado, estavam Damares Alves e Marcos Rogério, correligionários de Jair Bolsonaro no PL — o ex-presidente não só é aliado de Milei, como vai encontrá-lo no fim de semana durante um congresso conservador em Santa Catarina.

Lula foi alvo de uma publicação ofensiva nas redes sociais de Milei, que o chamou de “comunista” e disse que ele “foi preso por corrupção”. Para Aziz, o movimento desrespeita o Brasil institucionalmente.

Disse o senador:

— Nós, brasileiros, independente de ser direita, esquerda, centro... É o Brasil. Nós temos um representante do Brasil no mundo. Nós podemos aqui divergir em relação à questão política. Mas permitir que um outro presidente de um país, que está na miséria, o povo passando fome, queira fazer críticas pejorativas ao presidente Lula: isso não é certo. Como também não seria certo qualquer outro presidente fazer isso aos presidentes Jair Bolsonaro, Dilma, Temer, Collor.

Ao mencionar os ex-presidentes, Aziz destacou que a população dos EUA, diferentemente da brasileira, costuma respeitar os antigos chefes do Executivo “independentemente se eles foram bons ou maus”.

O senador sugeriu que, fosse Bolsonaro na mira de outro governante, também o defenderia (como presidente da CPI da Covid, em 2021, Aziz tomou repetidas posições contrárias ao bolsonarismo). E emendou os xingamentos:

— Não é mais o Lula, é o Brasil. Ele é o Brasil nesse momento. Gostando ou não dele, votando ou não nele, ele é o Brasil. Não dá pra aplaudir o Milei, que tá dando uma de moleque que vai para a internet falar mal do presidente da República. Isso é coisa de moleque, de vagabundo. O Milei é um vagabundo. A Argentina tem um presidente que é vagabundo, que em vez de cuidar dos problemas da Argentina quer se meter num outro país, atacar um outro país.

Antes de finalizar sua fala, Aziz usou Fernando Collor como exemplo. Afirmou que o ex-presidente, afastado via impeachment em 1992, ainda assim havia deixado um “legado”. Milei, por sua vez, seria um quadro político “sem história”, na visão do senador, e, portanto, sem credenciais para criticar Lula.

— Quando a maior autoridade do país é atacada por um moleque vagabundo, como o Milei, aí a Câmara, o Senado, o Congresso não podem se calar. Nós não podemos nos calar — finalizou Aziz.

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