Lauro Jardim
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Por — Brasília

Um estudo técnico recém-produzido pela Empresa de Pesquisa Energética, ligada ao Ministério de Minas e Energia, aponta para riscos de apagões, racionamento de energia e aumento significativo na conta de luz em um horizonte a partir de cinco anos caso não sejam feitas novas contratações de energia que garantam um suprimento adicional de potência de 35 GW, o equivalente a 2,5 Itaipus.

Essas novas contratações vão além da energia que já foi contratada via leilão para suprir o Sistema Interligado Nacional, mas cuja geração ainda não entrou em operação. Ou seja, para mitigar os riscos indicados pela EPE no estudo, não basta a contratação da energia elétrica, mas sua efetiva geração, transmissão e distribuição pelo país.

Entre os alertas principais indicados no documento, que faz parte do Plano Decenal de Energia, estão riscos dobrados de racionamento (potência insuficiente para atender a demanda) a partir de 2028, certeza de 100% de racionamento a partir de 2034, e apagões afetando um quarto da demanda nacional também nesse horizonte de dez anos.

Há também um outro indicativo que se reflete diretamente no desafio de produção de energia: a projeção de que Custo Marginal de Operação -- métrica que indica o custo envolvido na geração de energia nova -- mais que dobre em um prazo menor (dentro de cinco anos). Com isso, também haverá impacto direto no valor das contas de luz pelo acionamento das bandeiras tarifárias.

(Atualização às 18h30 de 6 de agosto: “A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) afirma que o caderno Requisitos de Geração para Atendimento aos Critérios de Suprimento é uma etapa fundamental no planejamento da expansão do parque gerador, com o objetivo de sinalizar ao mercado as necessidades futuras e proporcionar previsibilidade para que agentes privados e públicos se preparem para os próximos leilões de energia e potência, além de identificar outras oportunidades de investimento no setor elétrico brasileiro.”)

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