Malu Gaspar
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Informações da coluna

Por Malu Gaspar

A coordenação de campanha de Jair Bolsonaro ainda vai fechar os detalhes da estratégia para a TV neste segundo turno, mas o primeiro movimento do presidente da República será político e já está definido: buscar o apoio dos candidatos e partidos à direita que saem fortes da eleição.

O primeiro a ser procurado será o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que segundo os aliados deve sim declarar seu apoio ao presidente da República. Zema foi eleito no primeiro turno, com 56% dos votos. Bolsonaro também vai tentar obter o apoio do Novo e de seu candidato a presidente, Luis Felipe D'Avila.

Outra legenda que o presidente da República vai buscar atrair é o União Brasil, que teve como candidata Soraya Thronicke, e o MDB – não tanto na esperança de conseguir apoio fechado da legenda, mas sim para consolidar os apoios que já tem.

Hoje os dois partidos são rachados entre Lula e Bolsonaro, e a briga pelos apoios de cada time será dura.

Essa é a parte da estratégia sobre a qual há consenso.

A divisão está no que fazer no marketing da campanha. Uma ala da coordenação, mais próxima do presidente, defende que Bolsonaro avance no discurso radical e de ataques a Lula, "mostrando de fato quem Lula é", nas palavras de um dos integrantes do núcleo duro da campanha.

No núcleo político, do qual participam os líderes do Centrão, a ideia é aproveitar as inserções de TV, que agora terão o tempo dividido meio a meio, para fazer uma "campanha propositiva", discutindo programa de governo e o "futuro do país".

Também não há ainda uma definição sobre como Bolsonaro vai se dirigir às mulheres nesta fase da campanha, mas a vontade de ampliar a participação da primeira-dama Michelle nas agendas do presidente e no material produzido pelo marketing é unânime.

Outra ideia bastante disseminada na cúpula da campanha bolsonarista é mudar o perfil da agenda do presidente para que ele faça menos motociatas e ande mais pelas ruas falando com as pessoas.

A decisão, afinal, vai depender não só do próprio Bolsonaro, mas também de uma análise mais acurada do resultado das urnas, que será feita nos próximos dias.

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