Malu Gaspar
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Malu Gaspar

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Por Johanns Eller

O voto do eleitor que estava indeciso até o último sábado (1) pavimentou o caminho para a surpreendente liderança do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) na corrida pelo governo de São Paulo.

Essa é a conclusão do consultor, pesquisador e dono do Instituto Ideia, Mauricio Moura, a respeito do resultado em São Paulo.

Moura usa como base os números das pesquisas espontâneas de intenção de voto – que não apresenta ao eleitor os nomes dos candidatos que estão disputando.

Essa modalidade de pesquisa é diferente da estimulada, mais usada na divulgação dos resultados pelos institutos, em que os entrevistados recebem um cartão com os nomes para dizer em quem pretendem votar.

Nas espontâneas do Datafolha, por exemplo, Fernando Haddad (PT) chegou à véspera da eleição com 22% das intenções de voto. Tarcísio tinha 17% e o governador derrotado Rodrigo Garcia (PSDB), 11%. Mas 34% dos eleitores ainda não sabiam em quem votar, segundo o Datafolha.

Encerrada a apuração, Tarcísio teve 42,3% dos votos, ou 25 pontos percentuais a mais do que o previsto. Haddad, por sua vez, teve 13,7 pontos percentuais a mais do que as pesquisas mostravam, e saiu da eleição com 35,7% do votos.

"A rejeição do Haddad e de Lula foi fundamental para esse resultado. Está evidente que a maior parte dos indecisos descarregou seus votos em Tarcísio. O PT subestimou a força do antipetismo em São Paulo", afirma Moura.

A rejeição ao candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes atingiu o patamar mais alto da campanha no último levantamento do Datafolha. O número de eleitores que diziam não votar em Haddad de jeito nenhum cresceu três pontos percentuais em um espaço de dois dias, chegando a 40% — quase metade do eleitorado.

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