Um documento obtido pela Polícia Federal na investigação que desencadeou a Operação Perfídia, na última terça-feira (12), revela que o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou “potenciais” e “graves” irregularidades como conluio, direcionamento e superfaturamento nas concorrências da intervenção federal do Rio – mas se eximiu da responsabilidade de apurá-los.
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Em um relatório do próprio TCU encaminhado à PF em abril do ano passado, após a corporação ter solicitado informações sobre as fraudes, um auditor da secretaria responsável pelas apurações ligadas à área de Defesa afirma que, como as suspeitas já estavam sob apuração da Presidência da República, não havia “interesse de agir” e nem pretensão de instaurar um processo de controle externo.
Isso após o mesmo TCU listar, ao longo do documento, uma série de irregularidades em diferentes contratos assinados pelo gabinete chefiado pelo general Walter Braga Netto, que seria promovido a chefe do Estado Maior do Exército após o fim da intervenção.
A apuração citada pelo TCU foi aberta pela Secretaria de Controle Interno da Presidência em julho de 2020, período em que o ex-interventor Braga Netto estava à frente da Casa Civil de Jair Bolsonaro.
Mas, até 2022, quando as autoridades brasileiras foram alertadas sobre o suposto esquema de corrupção por investigadores dos Estados Unidos, não se conhecia o resultado dessa apuração.
Na ocasião, a PF instaurou um inquérito e questionou o TCU se havia qualquer suspeita de irregularidade ou sobrepreço investigada pelo tribunal no certame da obscura empresa americana CTU Security, escolhida para fornecer 9.360 coletes para a Polícia Civil do Rio no valor de US$ 9,4 milhões.
Veja fotos da intervenção federal na Segurança pública do Rio em 2018
![Operação das forças de segurança na comunidade da Rocinha. Participaram da ocupação as polícias Civil, Militar e Federal, além de agentes do Exército. Na foto, o general Braga Netto, o interventor federal na área de segurança pública — Foto: Marcia Foletto / Agência Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/MzCJpPbe4Vfqs8gMcjPFqpsInoY=/0x0:3600x2384/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/B/E/DwKt7zSTm35kIOkYp7mg/013.jpg)
![Operação das forças de segurança na comunidade da Rocinha. Participaram da ocupação as polícias Civil, Militar e Federal, além de agentes do Exército. Na foto, o general Braga Netto, o interventor federal na área de segurança pública — Foto: Marcia Foletto / Agência Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/LmhOpcNoF_whCu9rgBwLN3dhT-8=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/B/E/DwKt7zSTm35kIOkYp7mg/013.jpg)
Operação das forças de segurança na comunidade da Rocinha. Participaram da ocupação as polícias Civil, Militar e Federal, além de agentes do Exército. Na foto, o general Braga Netto, o interventor federal na área de segurança pública — Foto: Marcia Foletto / Agência Globo
![Uma solenidade no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, marca o encerramento da intervenção federal na segurança pública do estado — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/KNmwpOe3ejgOv1Anvzxzat3Pc6E=/0x0:5760x3840/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/S/a/B1h3gASvCzNlmsw6i8Yw/005.jpg)
![Uma solenidade no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, marca o encerramento da intervenção federal na segurança pública do estado — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/buy8_Dn-WSBQznPF3x7IXatW5Pc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/S/a/B1h3gASvCzNlmsw6i8Yw/005.jpg)
Uma solenidade no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, marca o encerramento da intervenção federal na segurança pública do estado — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
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![Helicóptero do Exército Brasileiro sobrevoa o Complexo do Chapadão jogando panfletos — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/MdvgniWQv4H3AAIXWQu512p5X0I=/0x0:5184x3456/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/O/f/gonrXmR3Kb2B4sUnBPew/004.jpg)
![Helicóptero do Exército Brasileiro sobrevoa o Complexo do Chapadão jogando panfletos — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/6w0Zd-47p1_oAFnzhdevekL76yI=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/O/f/gonrXmR3Kb2B4sUnBPew/004.jpg)
Helicóptero do Exército Brasileiro sobrevoa o Complexo do Chapadão jogando panfletos — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
![Militares do Exército na Rua Oscar Soares, em Nova Iguaçu — Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/GvFo6YwQuydO0jommRdOntwGKgk=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/w/J/uBgDJ1STeVVQjTH383MA/001.jpg)
Militares do Exército na Rua Oscar Soares, em Nova Iguaçu — Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
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![Militares fazem operação nos morros da Babilônia e do Chapéu Mangueira — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/_VvxQFgRGVWFENvAEfK8qC8Frbo=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/9/1/YhHZ0nRzCAZGB7nIuHsg/002.jpg)
Militares fazem operação nos morros da Babilônia e do Chapéu Mangueira — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
![O Gabinete de Intervenção Federal entregou 200 carabinas calibre 12 à Secretaria de Segurança de Administração Penitenciária — Foto: Antônio Scorza / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/-14FZlemoNdG6A9FMTtL4HB0_RM=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/a/V/fKSf1QScWHvDcQKxH45g/006.jpg)
O Gabinete de Intervenção Federal entregou 200 carabinas calibre 12 à Secretaria de Segurança de Administração Penitenciária — Foto: Antônio Scorza / Agência O Globo
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![Operação das forças militares no Complexo do Salgueiro — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/IFPv8lP4VxwWB3Ci2OwEwc_E2Nc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/1/W/sSLzBuRBKALlCdpw6GsQ/007.jpg)
Operação das forças militares no Complexo do Salgueiro — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
![Operação das forças de segurança nos complexos da Penha e do Alemão. Cinco pessoas foram mortas durante a ação — Foto: Marcia Foletto / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/aaNf1P5TSaSm1rA9K20PZzG-EYM=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/8/Q/p15fZ1TBWOxY2sEQJvEQ/008.jpg)
Operação das forças de segurança nos complexos da Penha e do Alemão. Cinco pessoas foram mortas durante a ação — Foto: Marcia Foletto / Agência O Globo
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![Forças de segurança fazem operação nos complexos do Chapadão e da Pedreira com apoio de veículos blindados e aeronaves — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/QNcpE8SK8zplGKMzJ2bfhYd5Eas=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/K/h/tI6F8KQ12WrApZnQUgUw/009.jpg)
Forças de segurança fazem operação nos complexos do Chapadão e da Pedreira com apoio de veículos blindados e aeronaves — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
![Marinha do Brasil, Receita Federal e Polícia Federal em operação no Complexo Portuário de Itaguaí com bloqueio marítimo, cerco terrestre nas principais estradas, revista pessoal e de veículos — Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/uEnAUuukhJsE-7jvMOfiLapFVHo=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/B/8/Bk7PpjTJ2Ad7GDJxYNaA/010.jpg)
Marinha do Brasil, Receita Federal e Polícia Federal em operação no Complexo Portuário de Itaguaí com bloqueio marítimo, cerco terrestre nas principais estradas, revista pessoal e de veículos — Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo
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![Militares das Forças Armadas fazem operação no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro — Foto: Marcos de Paula / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/1Jsp8-ec-l5yogCyyoyRVWaNZnY=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/e/3/B5KaAAQkCbDL8AARTwPw/011.jpg)
Militares das Forças Armadas fazem operação no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro — Foto: Marcos de Paula / Agência O Globo
![Operação das forças de segurança na comunidade da Rocinha. Participaram da ocupação as polícias Civil, Militar e Federal, além de agentes do Exército — Foto: Márcia Foletto / Agência Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/OSJJgZ9VViyoCF4_OkuBODFtcok=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Y/2/hj9cvSR66SjRdjDEBc4g/012.jpg)
Operação das forças de segurança na comunidade da Rocinha. Participaram da ocupação as polícias Civil, Militar e Federal, além de agentes do Exército — Foto: Márcia Foletto / Agência Globo
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![Um agente durante operação das forças de segurança na comunidade na Rocinha — Foto: Marcia Foletto / Agência Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/jyRNa_-ypdI1Ii3bkNFspN0zqms=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Y/6/vpEOa7RxiaxgUopaXZeA/014.jpg)
Um agente durante operação das forças de segurança na comunidade na Rocinha — Foto: Marcia Foletto / Agência Globo
![Equipes se deslocam durante uma operação do Exército com a PM na Cidade de Deus, no Sapé e na Gardênia Azul — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/IbFuHbpNY5O9YaIJpIOzcf9iMzc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/G/K/uej7OMS7A3X5c0Z26NPQ/015.jpg)
Equipes se deslocam durante uma operação do Exército com a PM na Cidade de Deus, no Sapé e na Gardênia Azul — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
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![Um militar do Exército na Vila Kennedy — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/F7KMlUSXKfp-Jc8Q5JkpQW-rRow=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/t/6/hLQ14IQsi9induKMsv4w/016.jpg)
Um militar do Exército na Vila Kennedy — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
![Militares são vistos circulando pela Avenida Brasil, na altura de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro — Foto: Marcos de Paula / Agencia O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/vjcq7T1llg8eonzekYSMgSvb2qc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/U/N/XyYoh4QAKf4EHz9uOdpQ/017.jpg)
Militares são vistos circulando pela Avenida Brasil, na altura de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro — Foto: Marcos de Paula / Agencia O Globo
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![Militares das Forças Armadas fazem um cerco na comunidade da Vila Vintém, em Padre Miguel — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/lwp9_ESqiTZejaBSwmSdYycTOU0=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/9/F/LzxBM8QZiCrQcFnSsizw/018.jpg)
Militares das Forças Armadas fazem um cerco na comunidade da Vila Vintém, em Padre Miguel — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
![Temer se reúne, no Rio, com Pezão e o general Braga Netto — Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/DdN_x-IokQvCQUSBylyr3gTxh-c=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/w/s/c3DEAAT5WxTOncarf4jA/019.jpg)
Temer se reúne, no Rio, com Pezão e o general Braga Netto — Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
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![Ação de ordenamento da prefeitura na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio. Saída da tropa do Exército da comunidade — Foto: Marcelo Theobald /Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/QobuoJ5j3fPofyXye4dQk5arJwE=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/u/Z/9PJHJHSyWBXBGOaWNE2A/020.jpg)
Ação de ordenamento da prefeitura na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio. Saída da tropa do Exército da comunidade — Foto: Marcelo Theobald /Agência O Globo
![Militares retirando barricadas na Vila Kennedy. Na foto blindado retirando barricadas na Rua Zâmbia — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/B2vc9wdkMS6WAnTHhwvyAuDuoHU=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/A/N/XOiOrATrWJjiWKPEu0Ww/022.jpg)
Militares retirando barricadas na Vila Kennedy. Na foto blindado retirando barricadas na Rua Zâmbia — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
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![Militares retirando barricadas na Vila Kennedy — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/Lennq6CeIE2_VzlNzx1pcSBKzas=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/a/3/m1OobJQ0OD8sw8VATTqQ/021.jpg)
Militares retirando barricadas na Vila Kennedy — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
![Militares fazem operação na favela da Coreia, na Zona Oeste do Rio — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/jpnjvic4d5bwBb_ZjLJdWYFMSRA=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/O/F/a2NNy5SdWpfXo4sN1JFQ/024.jpg)
Militares fazem operação na favela da Coreia, na Zona Oeste do Rio — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
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![Entrevista coletiva no Centro Integrado de Controle e Comando — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/MRt4xLXSBFIcTndTbOWb2JBI02s=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/N/2/AKYEJOQlOGkjbTHXBUcQ/025.jpg)
Entrevista coletiva no Centro Integrado de Controle e Comando — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
![Operação das forças de segurança na comunidade Vila Kennedy. Na foto os militares do Exército retiram barricadas em uma via da comunidade — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/G0a2nVvKUuJgO-YbfgQnXYsQ8Do=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/j/H/vGdJyRSDWuoJzVNJtezA/026.jpg)
Operação das forças de segurança na comunidade Vila Kennedy. Na foto os militares do Exército retiram barricadas em uma via da comunidade — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
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![Intervenção federal na segurança do Estado do Rio. Na foto, uma cabine da PM perfurada a bala por traficantes na Cidade de Deus — Foto: Domingos Peixoto / Agência o Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/GC9C6WG9Y7eYTiEvcoReQcuhTeY=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/s/C/OtIYBwTbS9YtSRynLIXA/028.jpg)
Intervenção federal na segurança do Estado do Rio. Na foto, uma cabine da PM perfurada a bala por traficantes na Cidade de Deus — Foto: Domingos Peixoto / Agência o Globo
![O ex-presidente Michel Temer, ex-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante cerimônia de assinatura do Decreto de Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio — Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/4pO1Pt0EAd9IOhHSAo0yTE15TH8=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/t/O/aZHTBcR8aKo4hcYHlXbw/029.jpg)
O ex-presidente Michel Temer, ex-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante cerimônia de assinatura do Decreto de Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio — Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo
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A Homeland Security Investigations, braço investigativo do Departamento de Segurança Nacional dos EUA, topou com o contrato da CTU Security ao investigar o envolvimento da empresa no assassinato do presidente do Haiti em 2021.
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Após a apreensão do celular de um dos investigados, Glaucio Octaviano Guerra, coronel da reserva da Aeronáutica, pelas autoridades americanas em Miami, os dados encontrados no aparelho foram repassados para a Justiça brasileira. Foram encontradas mensagens com diversas pessoas sobre as tratativas para a compra dos coletes. Glaucio é apontado pela PF como o “arquiteto” do esquema criminoso da CTU.
No relatório, o TCU reconhece que, até aquele momento, não havia nenhuma apuração específica sobre o contrato.
Provocado pela PF, o tribunal deixa claro ter encontrado não apenas indícios de superfaturamento como também de conluio entre outras duas empresas, a Glágio e a Inbraterrestre, em outro contrato para o fornecimento de coletes e do direcionamento do certame em prol da CTU.
Mas, apesar de todos os elementos suspeitos, o tribunal ainda ressalta que, caso a investigação do governo federal concluísse pela legalidade, o processo poderia ser concluído sem sobressaltos.
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Entre as evidências constatadas pelo TCU no caso da companhia americana, está o fato de que a empresa nunca havia fechado contratos com a União, mas três dias antes de o gabinete da intervenção publicar o primeiro comunicado sobre a compra no Diário Oficial da União (DOU) já tinha concedido uma procuração a um brasileiro, o advogado Marcolino Alves Rocha, para representá-la em processos licitatórios da intervenção do Rio.
O tribunal também não encontrou o contrato publicado no Diário Oficial, o que é uma exigência legal.
Há, ainda, outros sinais de que o processo foi encaminhado.
Braga Netto, que era o interventor, já havia sido alertado pelo TCU de que só poderia fazer a compra sem licitação se os contratos fossem válidos apenas até 31 de dezembro de 2018, quando teve fim a intervenção e o mandato de Michel Temer.
Ainda assim, publicou a dispensa de licitação para a compra dos coletes da Polícia Civil nesse mesmo dia – no dia em que o contrato deveria estar se encerrando.
O TCU encontrou também indícios de conluio. Um deles foi o de Glágio não ter apresentado uma proposta para a modalidade vencida pela Inbraterrestre e vice-versa. O certame disputado pelas empresas era dividido por categorias de tamanho do colete.
O documento do Tribunal de Contas da União não menciona, no entanto, qualquer comunicação do gabinete de intervenção quanto a irregularidades no contrato da empresa americana.
Entre as conversas obtidas pela PF no curso da investigação está um áudio de julho de 2019 no qual o irmão de Glaucio, o ex-auditor fiscal Glauco Octaviano Guerra, manifesta apreensão quanto à possibilidade da equipe de Braga Netto acionar o tribunal para suspender o certame.
Não foi o que aconteceu, segundo relatou o tribunal à PF. Todos os três processos com dispensa de licitação tinham prazos contratuais que extrapolavam o prazo final.
Ainda assim, para o TCU, não havia nada a ser apurado. A PF, ao que tudo indica, entendeu de outra forma.