Relator falta, e TSE adia julgamento de cassação de senador bolsonarista

Conforme informou o blog, Azevedo já compartilhou seu voto pela cassação de Seif com os colegas há alguns dias. No voto, que ainda não foi lido, ele defende também a convocação de novas eleições para definir quem fica com a vaga de Jorge Seif. Não há previsão de quando o julgamento de Seif vai ser retomado.

Segundo o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, Azevedo não pôde comparecer à sessão desta noite "por motivos de doença em família". Em seu lugar, participa da sessão a ministra Edilene Lôbo.

Conforme informou o blog, tanto aliados quanto adversários do senador arriscam o mesmo placar para o julgamento. Dos dois lados, a previsão é a de que a análise do caso divida o plenário ao meio, com um resultado apertadíssimo de 4 a 3 – pela absolvição, no caso dos aliados de Seif, ou pela cassação, na conta dos adversários.

A dúvida é saber quem dará o voto decisivo para selar o resultado e em qual direção. Até agora, nenhum ministro votou no caso Seif.

No mapeamento de votos dos dois lados a posição da vice-presidente do TSE, Cármen Lúcia, é considerada uma incógnita, o que a alçou ao posto de “fiel da balança”.

Seif tem mobilizado aliados no Senado para tentar impedir a cassação pelo TSE. Nos últimos dias, o senador não só procurou colegas para pedir apoio como pediu a eles para convencer ministros da corte eleitoral a votar contra sua cassação.

Os parlamentares estão também buscando magistrados de outras cortes e interlocutores dos ministros do TSE para pedir que saiam em defesa de Seif junto aos integrantes da corte, rechaçando as acusações e alegando que a ação contra ele é uma “injustiça”.

Os advogados de Raimundo Colombo, que ficou em segundo lugar na eleição para o Senado em 2022 e entrou com a ação na Justiça Eleitoral contra Seif, tentam emplacar a tese de que ele, o segundo colocado na disputa, é quem deveria assumir o cargo.

Na ação, a coligação de Colombo, formada por Patriota, PSD e União Brasil, diz que Seif deve ser cassado por supostamente usar a frota aérea da varejista Havan de Luciano Hang, além de sua equipe de funcionários, mobilizando a estrutura da empresa para alavancar a sua candidatura.