Merval Pereira
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Merval Pereira

Uma análise multimídia dos fatos mais importantes do dia

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Merval Pereira

Participa do Conselho Editorial do Grupo Globo. É membro das Academias Brasileira de Letras, Brasileira de Filosofia e de Ciências de Lisboa.

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Já seria uma atitude mesquinha para um estadista se Bolsonaro estivesse discutindo se os presentes que ganhou enquanto na presidência eram pessoais ou para o governo. Mas é inacreditável que ele tenha querido ficar com as joias para vende-las. Parece coisa de bandido vulgar, que fica vendendo joia roubada. É uma confissão de que ele queria se aproveitar do cargo a nível pessoal, para enriquecer. Fico imaginando o que pode ter feito que ainda não se sabe. É baixo, é mesquinho, se considerar no direito de fazer isso, depois de ter chegado ao cargo mais alto de seu país. É uma vergonha tripla. Presidente ficar discutindo joias que ganhou de presente já é vulgar, mas brigar para vende-las, é demais. É o perigo de gente como Bolsonaro estar no governo, porque se perde o limite entre a baixaria e o respeito ao cargo. Lula também teve problemas com presentes que ele ganhou e teve que devolver, mas este caso é pior porque Bolsonaro tentou vender. Mesmo que tivesse direito de fazê-lo, seria uma demonstração de vulgaridade, de apego ao dinheiro sem dar importância ao fato de que só ganhou os presentes porque era presidente.

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