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Quatorze detentos morreram por suspeita de uso de drogas k em dois presídios da cidade de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, nos últimos quatro meses. A última vítima, de 40 anos, cumpria pena no Presídio Antônio Dutra Ladeira. Ele estava internado desde o dia 15 de abril e morreu quatro dias depois. Outros seis detentos, do mesmo presídio, morreram entre dezembro de 2023 e março de 2024. Neste mês, mais sete detentos do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, na mesma cidade, morreram em dez dias.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais disse que asdireções dos presídios abriram procedimentos internos para apurar o que aconteceu. Ainda segundo a pasta, em nenhum dos casos há lesões aparentes. Só será possível confirmar as causas dos óbitos após a conclusão dos exames. Na semana passada, o governo exonerou dois diretores do Presídio Inspetor José Martinho Drumond depois da morte dos sete detentos por suspeita de overdose das drogas K.

A secretaria afirma que rotineiramente faz revista nos visitantes e nas celas. Desde janeiro de 2023, pouco mais de um ano, a Polícia Penal de Minas Gerais apreendeu cerca de 19 mil micropontos de drogas k com pessoas que tentavam entrar nos presídios do estado.

Para o sociólogo e especialista em segurança pública da PUC Minas, Luís Flávio Sapori, a fiscalização nos presídios deveria contar com equipamento body scan porque a revista manual ou uso de raios X não são capazes de detectar a droga. Além disso, a unidade prisional deveria estar livre de qualquer corrupção para que o entorpecente não entre com ajuda de servidores. A presença de drogas nos presídios não é novidade para ninguém, mas o que chama a atenção do especialista é o uso de um produto tão letal.

— Nós não temos tido notícia de situações de overdose e de apreensão dessas drogas nas ruas das cidades (da região metropolitana de Belo Horizonte). Tudo leva a crer que tem um fluxo de tráfico para alguns presídios de região das Neves. Na racionalidade econômica do tráfico de drogas, o traficante é um comerciante, ele quer vender produto e ganhar lucro. Se o produto que ele vende mata e mata rápido, ele está perdendo o consumidor ao longo do tempo — analisa Sapori.

A motivação para entrada da droga, ainda segundo Luís Flávio Sapori, pode ser outra. “Nos presídios há uma demanda muito grande por medicamentos legais ansiolíticos devido à ansiedade dos presos. As drogas k têm esse efeito, mas de forma ilegal e letal. Uma hipótese seria a demanda interna e, talvez, gente ganhando dinheiro. É fundamental investigar não só dentro da prisão, mas fora sobre quem tá fornecendo”, analisa o especialista.

As drogas K — conhecida nas ruas como K2, K4, K9, spice ou droga zumbi — surgiram em laboratórios e têm como base os canabinoides sintéticos. Elas podem paralisar o corpo e desconectar o usuário da realidade. Há outros efeitos como dependência, agressividade, paranoia, alucinação, convulsões, arritmia cardíaca e morte.

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