Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse que a economia brasileira pode crescer um pouco acima de 2% este ano. Campos Neto lembrou que as previsões de crescimento do mercado para este ano, que está em 1,6%, vem sendo revistas para cima semana a semana. Ontem, o presidente do BC já havia dito o resultado do primeiro trimestre deve surpreender.

- O Focus, que saiu ontem, com o crescimento esperado para este ano, que veio de 1,6%, era abaixo de 1% um tempo atrás. A expectativa de crescimento para este ano também vem subindo. Acho que é importante a gente qualificar que parte do crescimento do ano passado foi uma super safra .E é curioso como a gente se acostuma com com as melhoras. Então a gente teve uma super safra este ano e vai ter uma safra menor agora, que na verdade é a segunda maior da história. Quando a gente pega a balança comercial, a gente tem alguma coisa aí que foi em direção aos US$ 100 bilhões, este se ano vai ser um pouco pior, vai ser quanto vai ser US$90 bi, muito acima da média. Então a gente tem que também colocar as coisas em perspectivas. No curto prazo, a gente acha que o primeiro trimestre está com uma cara melhor, não é o que se imaginava anteriormente. Eu acho que pode surpreender um pouco para cima. No ano sim, pode ser um pouco acima de 2%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia falado nesta terça-feira, que não via razão para " crescermos menos de 2%'" em 2024.

Campos Neto ponderou ainda a importância de se pensar estratégias que possam garantir um crescimento de longo prazo para o país:

- Estou um pouco mais otimista pode ser um pouco acima de 2%, acho que pode ser assim. Vamos observar o primeiro trimestre. Então é importante pensar o que que eu preciso fazer para ter um crescimento estrutural do Brasil mais longo na frente. A gente precisa pensar quais são as políticas que o país precisa fazer para ter um crescimento estrutural maior no prazo mais longo.

Durante evento realizado na manhã desta quarta-feira, pelo Meio & Mensagem, em São Paulo, o presidente do Banco Central citou as reformas administrativa e tributária como fundamental:

- Tem um tema do custo administrativo, que talvez a reforma administrativa, e reduzir a burocracia, a parte que a Reforma Tributária vai ajudar muito. Então a gente precisa entender que o crescimento de curto prazo é super importante, que todos aqui estão movidos no curto prazo, mas a gente precisa ter um crescimento estrutural no Brasil maior.

Em entrevista ao programa Miriam Leitão, da Globonews, no final de dezembro, o presidente do Banco Central disse que as análise econômicas erraram muito em 2023. No início do ano passado, o mercado previa crescimento do PIB abaixo de 1%, os dados ainda não foram divulgados, mas a estimativa é que a economia brasileira tenha crescido próximo dos 3%.

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