Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

Por Miriam Leitão

O retorno do programa Bolsa Família, com todas as suas qualidade de política pública estrutura, gera um efeito familiar direto, mas também causa impacto positivo na economia como um todo, o que é importante em um ano que se estima baixo crescimento.

A reportagem de Fernanda Trisotto e Vitor da Costa, publicada hoje no jornal O GLOBO, mostra que a nova versão do programa tem potencial de tirar três milhões de famílias da pobreza e aumentar a renda disponível, de acordo com estudo feito por Daniel Duque, economista da FGV. Já uma análise da XP concluiu que a renda disponível para o consumo das famílias vai de 2% para 3,5%

Segundo o estudo, 8,9 milhões de crianças serão beneficiadas nesse acréscimo de R$ 150, desde que os pais cumpram os requisitos como frequência escolar e vacinação. Uma das beneficiárias entrevistadas pelos repórteres, Edivânia de Jesus dos Anjos, de 38 anos, disse que acha ótima a cobrança do governo. Já levou o filho para pesagem e a carteira de vacinação está atualizada.

Assim é a política pública como foi desenhada desde os seus primórdios como Bolsa Escola e que depois ficou mais efetiva no governo Lula. Transfere renda, mas pede contrapartida. Desta forma o estado intervém, mas planeja o futuro.

O gasto no orçamento com esta política de transferência de renda vai ser maior, R$ 175 bilhões, mas agora de forma muito mais focada. Ou seja, vai para quem precisa. Da forma que foi feito no governo Bolsonaro, o auxílio emergencial e posteriormente o Auxílio Brasil foram para beneficiários que não estavam aptos para receber. Apareceram na imprensa diversos casos de pessoas ricas que receberam o dinheiro. Gastou-se muito mais mais e foi para mãos erradas. Isto porque houve erro na formulação, não se aproveitou as informações do Cadastro Único, a transferência foi feita via Caixa Econômica.

O que essa reportagem mostra é já o efeito da correção de rota na política ouvindo as pessoas envolvidas e os economistas.

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