Míriam Leitão
PUBLICIDADE
Míriam Leitão

O olhar único que há 50 anos acompanha o que é notícia no Brasil e no mundo

Informações da coluna

Por Ana Carolina DIniz

O dólar fechou nesta sexta-feira em baixa de 0,2%, a R$ 4,915, após atingir R$ 4,96 na máxima e R$ 4,89 na mínima. No acumulado da semana, a divisa americana registrou desvalorização de 2,8%. É o menor patamar dos últimos 10 meses: em 08 de junho, encerrou o pregão cotado a R$ 4,8895. No ano, a queda é de 6,8%.

E num cenário que o dólar americano se valorizou frente à cesta de moedas DXY (+0,5%), composta principalmente por moedas de países desenvolvidos, explica o economista-chefe do Kínitro Capital, Sávio Barbosa. Ele salienta que a moeda americana se valorizou após os dados de atividade (Vendas no Varejo, Produção Industrial e Confiança do Consumidor) do país superarem as expectativas do mercado. Isso fez com que as taxas de juros esperadas para os próximos meses subissem e valorizou o dólar a americano a nível global.

Barbosa explica que a moeda brasileira está em uma dinâmica de apreciação ajudada por fatores globais e locais.

- Dentre os fatores globais destacamos a expectativa de termino do ciclo de alta de juros do banco central americano, que deve ser encerrado na reunião de Maio de 2023, e a melhora da atividade na China. O maior crescimento chinês tende a impulsionar seus principais parceiros comerciais, grupo que o Brasil faz parte.

Entre os fatores domésticos, o economista destaca a postura mais dura do Banco Central do Brasil e a divulgação parcial do novo arcabouço fiscal. 

- Os diretores do Fernanda Guardado e Diogo Guillen voltaram a fazer declarações mais duras, indicando estabilidade da taxa de juros em patamar elevado, nas reuniões que tiveram em Washington.

Para o professor e mestre em Economia, André Galhardo, a expectativa é de que agora a moeda brasileira continue em trajetória de valorização, principalmente porque o dólar estava muito elevado.

- Este movimento deve continuar respaldado pela ideia de que o FED interromperá o ciclo de aumento de juros aos Estados Unidos, de que o caminho para que o Copom comece o corte da Selic está aberto. E pela percepção de que o novo arcabouço fiscal deve agradar o mercado e mesmo depois de aprovado com eventuais mudanças, ainda assim deve ser capaz de diminuir a dívida pública no longo prazo.

Daqui para frente, Galhardo acha que as notícias devem continuar reforçando o valor da moeda brasileira:

- Acho que a trajetória de curto e médio prazo de valorização da moeda brasileira, mas isto deve ser de forma um pouco mais gradual, um pouco mais lenta. Houve um 'ajuste' de R$5,20 para R$ 4,90, a tendência de valorização permaneça, embora deve ser um movimento um pouco mais suave - diz ele, que é consultor econômico da Remessa Online.

Mais recente Próxima Queda do preço dos alimentos é boa notícia para a inflação dos mais pobres