Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Por Míriam Leitão

A Shein, gigante asiática de e-commerce, prevê a geração de 100 mil empregos no Brasil nos próximos três anos. Em parceria com duas mil fabricantes locais, irão nacionalizar a produção. Serão investidos inicialmente R$ 750 milhões para aumentar a competitividade das indústrias têxteis brasileiras.

Nota da redação: Mais cedo, publicamos aqui no blog que a Shein investiria numa fábrica no Brasil, pois foi a informação que circulou no governo na noite de quarta-feira. Mas, na tarde desta quinta-feira, a empresa divulgou uma carta explicando como será a operação no país. A gigante asiática trabalha com três mil produtores na China e também começou a produzir na Turquia.

Ao fim ao cabo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu fazer do limão uma limonada, após ter que recuar do anúncio do fim da isenção tributária para importação de bens de pequeno valor de outros países.

A Fazenda queria acabar com a regra que isenta de impostos as remessas internacionais com valor inferior a US$ 50 (cerca de R$ 250), benefício exclusivo para pessoas físicas. A medida seria tomada para combater o que considera sonegação de impostos de plataformas digitais, como a Shein, Shopee e AliExpress, entre outras, que vendem produtos importados no Brasil e ganharam espaço no país. Mas isso teve ampla repercussão negativa para o governo, e Haddad teve que voltar atrás e anunciar um grupo de trabalho para que essas empresas se adequem às regras brasileiras.

Essa negociação teve resultado. Em entrevista concedida nesta quinta-feira, o ministro afirmou que se reuniu pela manhã com a plataforma, ao lado do presidente da Fiesp, Josué Gomes, e disse que a empresa pretende nacionalizar 85% dos produtos vendidos na plataforma no prazo de quatro anos.

- Eles pretendem em quatro anos nacionalizar 85% de suas vendas, da seguinte forma: os produtos serão feitos no Brasil. Eles próprios vão dar os números de investimentos. É muito importante que eles vejam o Brasil não só como mercado consumidor, mas como uma economia de produção -- disse.

Haddad disse ainda que a Receita está trabalhando em um plano de conformidade das grandes plataformas, para que essas empresas se adequem às regras brasileiras.

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