Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

Por Maeli Prado

Em um cenário de elevada inadimplência e inflação e juros altos, a poupança já registrou retirada de mais de R$ 60 bilhões em 2023 até abril, o maior valor da história para o período, segundo dados do Banco Central.

Se esse movimento continuar, a tendência é que este ano supere o resgate recorde de R$ 103,2 bilhões da caderneta registrado em 2022, - para se ter uma ideia, até então o maior rombo havia acontecido em 2015, quando os saques superaram os depósitos em R$ 53,5 bilhões.

As estatísticas do BC levadas em conta pelo blog vão até o dia 25 de abril, último dado disponível, e mostram uma saída de R$ 66,3 bilhões no acumulado do ano.

Há dois motivos principais para essa fuga tão intensa da poupança.

Em primeiro lugar, dados da Serasa Experian mostram que mais de 70 milhões de brasileiros estão com o nome negativado, com destaque para dívidas no cartão de crédito e em contas básicas, como luz e água.

Juros e inflação altos são determinantes para a piora da conjuntura, e parte da população é obrigada a sacar recursos para honrar compromissos no final do mês.

Além disso, a taxa básica de juros (Selic) atingiu no ano passado os 13,75% ao ano, o que reduz bastante a atratividade da caderneta de poupança. A remuneração da caderneta (0,5% ao mês mais a taxa referencial de 0,15%) é bem menor, e equivale hoje a 8% ao ano.

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