Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Por Maeli Prado

Ex-presidente do banco central argentino, cargo ao qual renunciou em 2018 após batalha perdida contra a inflação galopante do país, Federico Sturzenegger animou o clima sisudo do super seminário do Banco Central sobre política monetária, que acontece na tarde desta sexta em São Paulo.

A uma plateia formada por banqueiros centrais e economistas estrelados de grandes bancos, ele fez piada com a situação da Argentina (o país elevou a sua taxa básica a 97% ao ano nesta semana), brincou com o ministro Fernando Haddad sobre a perspectiva de mudança da meta de inflação e citou até os Beatles para definir a política monetária da Argentina.

- A Argentina é inadimplente todo dia. Acorda e diz: como serei inadimplente hoje? - ironizou, arrancando risadas. - Mas pagamos o FMI, temos pudor de ser inadimplentes com um organismo multilateral como o FMI. Então talvez se fizessem um banco central multilateral, talvez a Argentina respeitasse.

Ao mostrar um gráfico mostrando a disparada do spread na Argentina após o país extinguir o regime de metas, disse que ia mostrar os números a Haddad.

- Esse gráfico eu ia mostrar ao Haddad, mas ele saiu - afirmou.

Ao comentar sobre a necessidade de autonomia dos bancos centrais, afirmou que no caso argentino é importante lembrar uma música dos Beatles, se referindo à constante necessidade de ajuda financeira internacional do país vizinho.

- Os Beatles têm aquela música 'With a Little Help from My Friends'. É isso - declarou.

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