Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

Por Maeli Prado

Os economistas tiveram reações diversas ao texto do novo marco fiscal aprovado ontem pela Câmara por larga margem. Enquanto uma parte dos especialistas que o projeto abre espaço para a queda básica de juros (Selic), outros apontam que as alterações no texto terão um impacto fiscal limitado.

Para o economista André Perfeito, a aprovação do arcabouço cria espaço para a taxa básica, em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, começar a cair em breve.

- O novo arcabouço fiscal foi aprovado por votação expressiva, e na sua redação final ficou mais austero que na versão inicial - disse em relatório. - É uma importante vitória do governo, em especial do ministro Fernando Haddad, que tem o potencial de inaugurar uma nova fase no debate econômico do país. Fica claro nesse momento que "as desculpas acabaram" para os que advogam que o atual governo seria mais gastador que inicialmente pensado.

Para Perfeito, a aprovação, aliada à perspectiva de perda de força do dólar e inflação desacelerando devem contribuir para juros mais baixos. - Tudo isso sugere que o Copom (o comitê de política monetária do BC) irá de fato iniciar o corte de juros em breve, muito provavelmente no início do segundo semestre.

Economista-chefe da Warren Rena, o especialista em contas públicas Felipe Salto afirmou que o arcabouço vai na direção certa, mas o governo tem como desafios segurar o aumento de gastos e ao mesmo tempo elevar a receita.

Tiago Sbardelotto, economista da XP, disse que as mudanças no texto aprovado ontem têm pouco impacto sobre as perspectivas fiscais, e deve ter efeito "neutro" .

- Em uma avaliação geral, as mudanças promovidas foram neutras. Embora tenha reduzido o mínimo de investimentos e ampliado o alcance do contingenciamento, a proposta ainda deve permitir uma expansão significativa do limite nos próximos dois anos - afirmou em relatório.

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