Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Um primeiro sinal das consequências dos combates entre o Exército de Israel e os guerrilheiros do Hamas é o salto na cotação do barril do petróleo, que como esperado opera em alta na manhã desta segunda-feira.

Por volta das 9h30, os futuros do barril Brent subiam quase 4%, em uma reversão da tendência da semana passada, quando o petróleo, que vinha em alta forte nos últimos meses, teve queda de 8%.

Agora inverte e volta a subir, em um efeito ruim para a inflação. Na semana passada, Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, já havia alertado para o risco de novas pressões inflacionárias no mundo, um cenário que ganha reforço com o agravamento do conflito.

Há muito a acontecer ainda no tabuleiro mundial nos próximos dias. Uma análise que todos os analistas estão fazendo é que a Ucrânia tem muito a perder. Se os Estados Unidos precisarem conceder muita ajuda a Israel, os ucranianos ficam mais vulneráveis à Rússia.

Hoje, a radicalização do Partido Republicano nos EUA já aponta para um impasse grande com os democratas na aprovação do Orçamento e do novo teto da dívida. Sempre há a ameaça de shutdown da máquina pública, que é a paralisação da administração por falta de aprovação orçamentária.

A entrada de um conflito novo, de uma intensidade inesperada, traz a chance da crise internacional se agravar ainda mais, impulsionando a cotação do dólar no mundo e elevando a chance de mais alta nos juros americanos.

O painel que mede os riscos internacionais, que já tinha luzes amarelas acesas, agora acendeu uma luz vermelha.

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