Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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O Prodes, que é o índice anual de desmatamento, registrou queda de 22,3% na Amazônia com um número total de 9,1 mil km2 desmatados. Claro que isso é alta, apesar de ser o menor desde 2019. Mas a queda foi maior do que parece, porque o ano, para efeito de desmatamento, é contabilizado de agosto a julho. Ou seja, esse dado divulgado hoje carrega os últimos seis meses do governo Bolsonaro também.

Houve uma disparada do desmatamento na reta final do governo anterior. Tanto que, no segundo semestre do ano passado, apesar do período chuvoso houve um aumento de 54% no desmatamento. Era o clima de liquidação da floresta que se espalhou entre os criminosos com a perspectiva de fim do governo Bolsonaro.

Quando o presidente Lula iniciou sua administração e a ministra Marina Silva tomou posse a herança recebida foi de 6.000 km2 já destruído em um semestre que entra na conta do ano de 2023. O temor de muitos especialistas é que, apesar das quedas mensais, não se conseguisse ter um bom número anual no Prodes, dado que o passado era tão pesado.

—A queda de desmatamento de janeiro a julho, que vai incidir na taxa do Prodes, foi de 42%. Se fosse mantida a tendência dos últimos seis meses do governo passado iria para 13 mil km2. Se a trajetória fosse apenas a nossa, ou seja, se não houvesse ocorrido o desmatamento de 6.000 km2 nos seis meses finais do governo Bolsonaro, o desmatamento total de um ano teria sido de 6.000 km2 — disse a ministra Marina Silva.

O governo estava calculando que, pela queda do primeiro semestre desse ano, conseguiria baixar o total em dez por cento, mas alcançou uma queda de 22,3% apesar da terrível herança de Bolsonaro.

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