Prevendo queda no desempenho deste ano, o setor de Construção Civil espera que o ano de eleições municipais contribua para o crescimento em 2024, em torno de 1,3%. Para a Câmara Brasileira da Construção (Cbic), além da aceleração das obras por parte das prefeituras, a continuidade do processo de queda de juros e o andamento das obras do PAC e do Minha Casa Minha Vida devem contribuir.
No início deste ano, o setor de construção projetava um crescimento de 2,5%. Em julho, passou para 1,5%. E agora com base nos números do PIB terceiro trimestre divulgados na terça-feira pelo IBGE, agora a previsão é de queda ante o ano passado. Os dados fazem parte do estudo feito pela Câmara Brasileira da Construção (Cbic), divulgado nesta sexta-feira.
- A conta dos juros altos chegou para o setor- avalia a economista da Cbic, Ieda Vasconcelos.
Além da Selic muito alta durante todo este ano, o que impacta um setor que depende muito de crédito, outros motivos apontados para a queda é a demora da divulgação das novas condições do Programa Minha Casa, Minha Vida e o fim do ciclo de pequenas obras e reformas iniciado na pandemia.
A construção civil recuou 3,8% no 3º trimestre/23, em relação ao segundo, na série com ajuste sazonal, o pior resultado do setor, nessa base de comparação, desde o segundo trimestre de 2020, quando a pandemia chegou ao Brasil.O nível de atividades da Construção Civil, no 3º trimestre/23, ficou 14,04% acima do período pré-pandemia. Mas ainda está 20,98% inferior ao seu pico de atividade.