Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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A Braskem só existe porque é união de duas empresas: a Petrobras e a Odebrecht, a gestora e que depois do escândalo da Lava Jato, assumiu o nome de Novonor. Os acionistas têm que ser chamados e as duas empresas precisam fazer uma força-tarefa, junto com a Braskem em si, para atuar em Maceió. Primeiro, para evitar o pior. Segundo, para pagar as multas que forem devidas, que são 20 até o momento. Mas não adianta só ficar multando: todo mundo tem que dar prioridade ao assunto, porque é uma parte da cidade que está colapsando.

O tamanho desta tragédia é imprevisível, pois a mineradora mexeu em uma parte grande da cidade. Se afundar, o cálculo é que afundará uma área do tamanho do Maracanã. Além disso, é claro, o entorno também acabará desestabilizado.

Para piorar a situação dramática da cidade, a liderança política de Alagoas está em guerra. O senador Renan Calheiros quer a instalação de uma CPI, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, acha que desnecessário e que relatou que a Braskem será punida judicialmente em algum momento. Na verdade, querem tirar proveito político deste episódio e disputam quem sairá melhor na foto.

Seria o momento em que eles deveriam estar unidos e pensar um pouco no povo de Maceió. Enquanto as donas da Braskem também deveriam estar lá, no campo de batalha, para redução do risco. Aconteceu assim com a mineradora Samarco, responsável pela tragédia em Mariana. A Vale ficava à distância, até que foi chamada a atuar porque afinal, junto com a BHP, era a dona da Samarco.

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