Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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O mercado está projetando que a inflação de alimentos a domicílio deste ano fique em torno de 4%, mas as primeiras semanas de janeiro podem alterar esta visão. De acordo com Maurício Ferraz, gestor de renda fixa da Kinitro Capital, existem fatores baixistas que podem levar a inflação de alimentos para algo em torno de 1% ante a projeção da empresa, em torno de 5%. Em 2023, os alimentos tiveram deflação de -0,52%.

Ele explica: o ano começou com riscos para a safra brasileira relacionados ao El Niño. No entanto, a Argentina, que teve quebra de colheita em 2023, irá colher uma safra de soja maior do que ano passado, mais de 100% de diferença. Além disso, defende ele, nas últimas semanas, a coleta de preços agrícolas reverteu o movimento de alta. O CRB Foods segue recuando, puxado pela queda de grãos. Ferraz fez uma palestra nesta quinta-feira no evento Smart Summit, que vai até sexta-feira no Rio.

-- A gente achava que o El Nino  poderia prejudicar muito a safra no Brasil. O que vimos até agora é que está arrefecendo. Estamos com um aumento da safra em outras regiões, a oferta de grãos globais deve ficar robusta esse ano, ajudando os preços a cair. Então, apesar do El Niño não estar ajudando, não está prejudicando muito. Esta dinâmica da coleta e dos preços  internacionais das commodities agrícolas indica que existe o risco desta inflação de alimentos no domicílio ficar próxima de 1%

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