Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Projeto-base do governo Javier Milei, a Lei Ônibus foi aprovada nesta terça-feira pela Câmara de Deputados argentina, após uma noite inteira de discussões. É sem dúvida uma vitória para o presidente, mas uma vitória parcial. O projeto aprovado é muito mais restrito do que Milei desejava. Ele queria uma "licença" para atuar sem a intervenção do Congresso argentino em 11 áreas, obteve o sinal verde para quatro: emergência energética, financeira, econômica e administrativa. O que já é muito.

Seu projeto era muito mais ambicioso, nada menos que 600 artigos, foi reduzido para pouco mais de 200. E ainda haverá a tramitação no Senado que pode impor novas limitações.

No início da noite, a Câmara aprovou o Pacote Fiscal proposto pelo governo, com alterações na faixa de imposto de renda. Agora a estimativa indica que 800 mil argentinos a mais pagariam o tributo. As proposta seguem agora para o Senado, onde se espera um cenário mais complexo.

Dono de um discurso radical e de ruptura institucional, Milei teve que negociar. Abriu mão de muita coisa para chegar até aqui e aprovar seu projeto-chave, que apesar de bem mais enxuto, representa um avanço no programa do governo argentino e ainda garante poderes excessivos ao presidente.

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